O blog foi conferir in loco a situação
de abandono da Unidade da FUNAC, na Maiobinha. Abandonada há mais de dois anos,
a unidade nunca teve a obra de reforma iniciada e está sendo tomada pelo mato.
O espaço tem capacidade para receber até 60 menores infratores, mas parece não
ser de interesse do governo reativar a unidade.
Sem local adequado para menores infratores,
muitos delegados terminam optando pela liberação dos mesmos, quando levados a
uma delegacia por envolvimento em algum delito.
“Já presenciei, por várias vezes, o
delegado liberar menores infratores por não ter local para eles. Chama apenas
os pais para entregar esses menores. A unidade do Vinhais, que tem capacidade
para 30 menores está superlotada, com 60 infratores. Essa superlotação pode
provocar uma tragédia, em caso de rebelião”, diz um profissional da segurança
que não quis se identificar.
Na semana passada, lideranças
comunitárias do bairro de Fátima denunciaram que a direção da FUNAC pretende
retomar o prédio onde funciona o Centro Comunitário e Cultural, na Rua do Correio, ao lado do antiga sede da Rádio Timbira . O objetivo é
instalar no local uma unidade de ressocialização de menores infratores.
“Nós não vamos admitir isso, pois o
espaço é da comunidade e aqui funcionam diversos cursos de qualificação. Por
que o governo não reforma as unidades que estão fechadas e abandonadas? As lideranças
comunitárias do bairro de Fátima estão se mobilizando para impedir que isso
seja feito”, diz José Cândido, que comanda o Centro Comunitário.
O abandono dessas unidades é uma mostra
da falta de compromisso do governo com a segurança.
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