
“Casualmente, descobri, por fontes
seguras e precisas (portanto, o que estou falando não é especulação), que
alguns artistas ganham 1.000,00 reais por apresentação e outros 1.500,00. Eu
estou no time dos 1.000 e me sinto DIMINUÍDO como artista, como profissional da
música e como PESSOA pelos gestores da SECMA”, diz Gusmão.
Confira o desabafo do músico:
Prezados amigos,
Mais uma vez (Como se não bastassem
todas as polêmicas carnavalescas em torno da SECMA) fiquei surpreso, assustado
e horrorizado por uma prática da referida secretaria que eu desconhecia.
Trata-se da DIFERENCIAÇÃO nos pagamentos aos artistas que cantaram na tal
JARDINEIRA DA ALEGRIA (que por conta disso deveria se chamar JARDINEIRA da
VERGONHA). Casualmente, descobri, por fontes seguras e precisas (portanto, o
que estou falando não é especulação), que alguns artistas ganham 1.000,00 reais
por apresentação e outros 1.500,00. Eu estou no time dos 1.000 e me sinto DIMINUÍDO
como artista, como profissional da música e como PESSOA pelos gestores da
SECMA.
Falando com alguns colegas sobre o fato,
nenhum dos mesmos conhece os critérios para a tal prática e muito menos foram
consultados e/ou comunicados de qualquer procedimento. Um agravante disso é
que, desde o ano passado, o pagamento é feito dessa mesma forma subversiva e
vergonhosa e, como não soubemos disso ano passado, simplesmente passou. Vamos
supor que o critério seja o TALENTO, por minha vez eu sei do meu talento e competência
no que faço e, por isso, não me coloco como alguém sem talento que está lá pra
facilmente faturar. Sobretudo, ponho-me como um músico profissional que
trabalha o ano inteiro com dignidade e que, através da música, tem realizado
sonhos e construído um nome profissional ao longo de 16 longos e difíceis anos
de profissão. Caso o critério seja o tempo de profissão, aquele famoso artista
das antigas, também não vejo como justificar que cantores com menos de 10 anos
na praça estejam ganhando mais que outros.
Se a jardineira é um projeto mantido
pela SECMA para inserir artistas no carnaval com o intuito de CALAR A BOCA DOS
MESMOS e/ou mostrar para a sociedade que, de alguma maneira, todos estão
fazendo parte da programação, sugiro aos senhores gestores que LIMEM o grupo
dos 1.000,00 e mantenham o grupo dos 1.500,00 ou, melhor ainda, peguem esse
valor que será economizado e aumentem o cachê dos que ficaram e criem o grupo
dos 3.000,00 ou dos bem pagos.
Sinceramente, não estou preocupado se
amanhã a SECMA não me chamar pra mais nada, ou se algum gestor de lá me chamar
e dizer que ESTOU FALANDO MUITO e que por isso serei limado. O que me preocupa
é saber que fui e sou vítima de uma prática escusa e sacana como essa. Fica
minha indignação e MEU ASCO ENOJADO a pessoas que PENSAM que são mais do que as
outras porque estão em um cargo público comissionado passageiro. Como diria
Chico Buarque de Holanda: “AMANHA VAI SER OUTRO DIA.... E QUANDO CHEGAR O
MOMENTO, ESSE MEU SOFRIMENTO VOU COBRAR COM JUROS. JURO!
Um absurdo essa discriminação dos cachês dos músicos de São Luís. Inclusive, essa forma adotada pela Secretaria de Cultura de barrar artistas que não apoiam essa política cultural de acorrentamento tendo em vista o que aconteceu cmg e com o cantor César Teixeira é um absurdo. Nós artistas estamos amordaçados e cansados de falta de projetos que realmente faça a nossa cultura avançar. A nossa música tem que funcionar o ano todo e não em dois projetos pontuais que só servem para encher o bolso do Marafolia e de quem os apoiam. Estou realmente muito triste e pensando em ir embora mais uma vez desse estado que eu amo tanto. Uma pena!!
ResponderExcluirE com os músicos que compuseram as bandas foi muito pior. O cachê foi de R $500,00 por dia, enquanto o cachê dos maestros foi o equivalente a R$5.000,00 por dia. O que acha dessa discrepância? Nao digo aqui que o cachê para os ditos maetros não é adequado, e sim que o cachê dos músicos precisa ser valorizado. Afinal, os músicos constituem ferramenta fundamental para a realização destes eventos.
ResponderExcluirEu sempre reclamei dessa descriminação na cultura, e fui cortado dos projetos musicais
ResponderExcluir, e quem faz essa escolha chama-se Wellington Reis, e mais uns dois sem vergonhas de lá, mas eu estou esperando e torcendo pela saída deles...!
De fato é uma vergonha que tais sujeitos nomeados secretarios ou que se diga espertarios e suas corjas estejam a tanto tempo tratando a musica e os mùsicos maranhenses em geral de forma tâo desrespeitosa posso até dizer roubando nossas oportunidades e beneficiando a si próprios. Por isso que ninguem respeita essa #%#%&**&$**#### bando de filhos da p.
ResponderExcluirGente que maestros? A coisa é tão feia que como não tem critério na contratação de músico qualquer pessoa que tenha uma breve passagem instrumental ou porque balançou os braços algumas vezes em frente de um grupo é chamado de maestro. E outra quem disse que em banda de carnaval ou bloco de carnaval faz-se necessário a figura do dito "maestro"? Até isso tá parecendo enrolada para desvio de verba!
ResponderExcluirMinha gente que maestros? Como claramente não há critérios para músicos, qualquer pessoa que tenha em tese uma breve passagem instrumental e tenha conhecidos neste órgão, pode figurar como músico nestes projetos e quanto a maestros a coisa é pior. Qualquer pessoa que tenha amigos ligados a este mesmo órgão e tenha "balançado os braços" algumas vezes frente a um grupo se intitula como maestro em nossa cidade. Quem disse que blocos de carnaval ou bandas de carnaval precisam ou necessitam da figura do maestro? Só aqui em São Luís. Isto é outro nome que se dá para um músico responsável por um grupo que nem deveria ter um salário tão dispare quanto este, fiquem de olho, pois até isso é estranho!
ResponderExcluirEu já vi situação bem parecida onde em uma orquestra de boi havia uma figura de um "maestro" regendo pessoas que estavam calejadas de tocar esse gênero musical. Maestro regendo boi! Depois em nome de esquisitices no dinheiro cultural o que veremos?
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