Matéria de capa do jornal O Estado de
São Paulo destaca que as doações de campanhas eleitorais já somam R$ 1 bi.
Metade vem de 19 empresas. Entre os maiores doadores estão bancos e empreiteiras
que, geralmente, são os segmentos que mais lucraram nos últimos anos.
No setor da construção civil, a
Construtora OAS doou R$ 66,8 milhões, sendo R$ 32 milhões para o PT. A Andrade
Gutierrez doou R$ 33 milhões, com R$ 16 milhões para o PT, e R$ 13 milhões para
o PSDB. A UTC deu R$ 29 milhões, a Queiroz Galvão doou R$ 25 milhões, e o Grupo
Odebrecht, R$ 23 milhões.
No setor de alimentação, o grupo Ambev –
dons de marcas com Brahma, Antarctica e Skol – doou R$ 41,5 milhões.
Entre os bancos, o Bradesco doou, até
aqui, 30 milhões em contribuições vindas de empresas como Bradesco Vida e
Previdência, Bradesco Saúde e Bradesco Capitalização. Foram R$ 9,4 milhões para
o PSD, R$ 8,7 milhões para o PT, R$ 6,7 milhões para o PMDB e R$ 5,2 milhões
para o PSDB.
O Banco BTG Pactual e sua
administradores de recursos doaram R$ 17 milhões. 80% desse montante foram para
PT e PMDB.
Em tom de indignação, o juiz Márlon
Reis, autor de O Nobre Deputado, disse ao blog que isso é o império do abuso do
poder econômico, que torna impossível termos eleições livres e justas.
"Não é possível ter eleições livres
e justas sob o império do abuso do poder econômico. Precisamos de uma reforma
política que varra do cenário as doações empresariais", diz o juiz.
Confira trechos da matéria de capa de O Estadão.
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