No texto, Sarney deixou perguntas sem respostas: “Será que essa intranquilidade e esse medo que os bandidos provocaram às vésperas das eleições, queimando ônibus, espalhando o terror, são gratuitos? O que há por trás disso? E as greves para provocar revolta? Pense, descubra a mentira e não odeie sua terra por causa desses homens que são piores que os bandidos, porque mandam cometer essas atrocidades pensando que o medo ganha votos”, escreveu.
Na semana passada, um preso em Pedrinhas gravou um vídeo no qual acusa Dino de estar por trás de roubo e das ações de bandidos em São Luís. A polícia descobriu que diretores do presídio haviam prometido dinheiro e liberdade para o detento fazer as declarações. A gravação foi retransmitida em rádios e TVs da família Sarney e da família Lobão.
Dino fez uma campanha tomando como mote a ideia de mudança e de fim de um ciclo de 50 anos de domínio da família Sarney na política local. O candidato atrelou o que considera atraso e pobreza no Estado à imagem do clã. E Sarney insurgiu-se contra isso em sua coluna.
O senador recorreu ao ex-jurista Ruy Barbosa para dizer que “só não mudam as pedras, mas eu não quero mudar do bem para o mal e do mal para o pior”. De acordo com Sarney, com a tecnologia da informação de hoje é muito fácil disseminar mentiras e, como lhe é peculiar, voltou a fazer citações literárias para alfinetar Dino: tomou uma frase dos sermões de Padre Vieira, de quem é conhecedor, para afirmar que “no Maranhão se mentia tanto que até o céu mente: diz que vem chuva e vem sol”.
Sarney contestou declarações de Dino durante a campanha de que o Maranhão é o último dos Estados em vários rankings. Ele aponta que o Maranhão é o 16º mais rico entre os 26 da federação, além di Distrito Federal, tomando-se como referência o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de tudo que é produzido. “Em riqueza do PIB, como se mede o progresso e o crescimento. Nenhum estado do Brasil cresceu tanto em tão pouco tempo”.
E atacou o adversário porque, para ele, não tem conhecimento do que fala. “Os que falam em 50 anos nem tinham nascido quando fui governador. Os que tinham 15 anos, têm hoje 64 e não é a idade dos que nos combatem. Então falam do que não viram e mentem”. Flávio Dino tem 46 anos.
Informações de O Globo
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