sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Segurança no fundo do poço: só a ocupação de áreas de São Luís pela Força Nacional conterá a onda de criminalidade

Gilberto Lima

Investigador Dezidério Mendonça foi
morto na manhã desta sexta-feira
A região metropolitana de São Luís está dominada pela bandidagem. O mês de novembro já é um dos mais violentos, com uma média de mais de mais de quatro homicídios por dia. Somente na manhã desta sexta-feira (14) já foram registradas quatro mortes violentas. Entre as vítimas está o investigador da Polícia Civil Dezidério Mendonça, vítima de latrocínio, em sua residência no bairro Janaína. Pelas informações, o investigador estava em sua lanchonete, que fica ao lado de sua casa, na Avenida Pavão Filho, quando chegaram os assaltantes. No momento em que viu um bandido apontar o revólver para uma filha, Dezidério reagiu e foi alvejado com vários tiros. Ele ainda foi socorrido, mas morreu ao dar entrada no Socorrão II. Dezidério trabalhava na Delegacia da Cidade Operária. Um dos assaltantes ainda foi morto pelo investigador. O outro foi morto na Cidade Olímpica.

Essa é mais uma mostra da ousadia de assaltantes que não poupam a vida de ninguém, em caso de reação a algum assalto. Se não estão poupando a vida de policiais, será que vão poupar a vida de qualquer cidadão? Os assaltos à mão armada, as invasões a residências, os latrocínios, os acertos de contas estão entre as principais ocorrências. O cidadão está refém da criminalidade.

O que fazer, em curto prazo, para conter essa onda de violência? Há algum tempo tenho dito: somente a ocupação policial permanente das áreas com maior incidência de criminalidade será capaz de dar tranquilidade à população. Para isso, sem dispor de policiais em número suficiente, o Estado terá de solicitar, no mínimo, 500 homens da Força Nacional de Segurança. Um governo comprometido com a segurança da população, não pensará duas vezes para solicitar a ajuda do governo federal.

A situação da segurança chegou a esse ponto por conta da negligência do governo Roseana Sarney que, quando assumiu o governo, disse que todos os maranhenses poderiam dormir de portas abertas, pois a segurança estaria garantida. Um blefe. Chega ao fim do governo com o Maranhão mergulhado em uma crise sem precedentes na segurança. Uma violência que não se concentra apenas na região metropolitana, mas se espalha por todo o estado. A segurança chegou ao fundo do poço.

Uma coisa é certa: se o estado continuar omisso, a tendência é o surgimento de milícias organizadas com objetivo de fazer justiça com as próprias mãos. É o Maranhão da barbárie, uma herança de 50 anos da oligarquia Sarney.

Um comentário:

  1. José Almeida
    Eita, mas vcs gostam de uma milícia!! O novo Governo deve resolver o problema, esperamos por isso!!!

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