Gilberto Lima
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Flávio Dino vai comandar o governo com pulso firme |
Ao longo de muitos anos, o povo do Maranhão sofreu
por falta de governos que, realmente, comandassem todas as ações. Um exemplo
foi a passagem de Roseana Sarney pelo Palácio dos Leões, ao longo de quatro
mandatos. Era governadora de direito, mas quem comandava, de fato, era o marido
Jorge Murad, que controlava com mão de ferro as pastas de Fazenda e
Planejamento. A governadora não tinha conhecimento do que se passava nessas
áreas. Quem decidia o que pagar e a quem pagar era Jorge Murad. Era uma espécie
de governador fantasma. Nos momentos mais conturbados para o governo, Roseana
sumia, sem dar nenhuma satisfação à população. Pecou por omissão e negligência.
Esse mesmo problema, de falta de um comando firme,
foi verificado nos dois anos de governo de Jackson Lago. Já debilitado, com
problemas de saúde, dividiu o poder com alguns auxiliares mais próximos, que
defendiam seus próprios interesses. Criou-se ilhas de poder dentro do governo.
Por conta dessa falta de comando, sofreu o desgaste de duas greves
consecutivas, dos professores e policiais civis. Faltou alguém para comandar o
processo de negociação. E esse alguém deveria ter sido o próprio governador.
Quem governa não pode se ausentar nos momentos mais cruciais e turbulentos de
uma administração.
Acredito que tudo isso é coisa do passado. O
Maranhão todo está na expectativa de ter, a partir de janeiro, um governador
que vai comandar com pulso firme o governo. Não será conivente, por exemplo,
com nenhum desvio de conduta de qualquer um de seus auxiliares. Além disso,
tratará com zelo a coisa pública e não permitirá a corrupção.
Em momentos de possíveis conflitos e cobranças, o governador
estará presente para conduzir processos que levem a uma solução consensual.
Governará voltado para os mais humildes, para aqueles que são vítimas de um
atraso de cinquenta anos. Não perder o apoio popular deve ser uma preocupação
constante. Não se governa sem esse apoio das massas.
Com a classe política, independente de coloração
partidária, deve ter uma relação respeitosa, mas sem ceder às pressões para que
concorde ou pratique atos fora dos preceitos éticos e dos princípios constitucionais.
Enfim, precisamos acreditar que um novo Maranhão é
possível. Um Maranhão que terá um norte, com um comando firme e voltado para
desenvolvimento pleno do Estado.
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