Rádio Voz do Maranhão

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Sargento Sá morre em ataque organizado por facções criminosas



A guerra é aberta e declarada: facções organizadas estão cumprindo promessas de eliminar policiais militares. As ameaças vêm sendo feitas há vários dias. No domingo(07), foram duas baixas na PM: no início da tarde, o aspirante Sebastião Luís Rocha Neto, de 27 anos, foi assassinado nas proximidades do Mercado do Peixe, no Anel Viário, depois de ter reagido a um suposto assalto; à noite, a vítima foi o sargento Carlos Magno Sá, morto em confronto com bandidos na área do Conjunto de apartamentos denominado Forquilhão, na Forquilha.

Pelas informações de amigos do sargento Sá, ele havia saído para comprar churrasquinho nas proximidades do condomínio. Na volta, foi abordado por dois elementos, que estavam em um veículo Etios, que teria sido tomado de assalto no Conjunto Tambaú. O sargento reagiu à suposta tentativa de assalto e atirou contra os bandidos, que também passaram a disparar contra ele. Outro policial que estava nas proximidades também passou a disparar contra a dupla. Um deles morreu no local, mas o outro conseguiu fugir. O sargento Sá foi atingido por cerca de 5 tiros e morreu ao dar entrada no Socorrão II.

Sonho e premonição

Assassino morto na troca de tiros
O domingo foi de sonhos e premonições para o sargento Sá. Ele pressentia que algo estava para lhe acontecer. A família teria revelado a amigos que, desde a manhã, ele estava receoso, temendo sair do apartamento. À tarde, aproveitou para dormir um pouco. Ao acordar, falara que sonhara que estava sendo atacado por alguns elementos. Á noite, quando decidiu sair para comprar um churrasquinho nas proximidades do condomínio, a filha teria implorado para que ele não saísse. Na volta para o apartamento, sofreu o ataque, da forma como sonhara. Esse foi o relato feito por um amigo do sargento Sá, que mora no mesmo condomínio, ao programa ‘Notícias de Domingo’, na Rádio Voz do Maranhão online.

Um policial destemido e determinado


O sargento Sá era destemido e fazia questão de mostrar isso abertamente. Mas tinha consciência do risco que corria na atividade policial, principalmente nessa guerra aberta contra as facções organizadas. Recentemente, em um velório de mais um PM, o sargento disse que iria morrer fazendo o que sabia fazer de melhor que era ser policial. Em sua página no facebook, depois de uma semana do assassinato do policial ‘Dos Santos’, no Porto de Mocajituba, escreveu: “Uma semana vai fazer sem nosso PM Dos Santos. Hoje ajudo a carregar meus companheiros. Amanhã eles me carregarão também”.

Por ser destemido e corajoso, temido por muitos bandidos, o sargento virou alvo de facções que atuam em várias regiões de São Luís. Sabia que estava na mira da bandidagem. Aos amigos, dizia que vinha sofrendo ameaças constantes.

Em vários grupos nas redes sociais, logo após o assassinado do sargento Sá, circularam informações de foguetórios em diversos bairros da periferia de São Luís. Uma mostra que esse ataque que culminou com a morte do policial pode ter sido orquestrado por facções criminosas.

8 comentários:

  1. Leio sem acreditar a notícia da morte do Sargento Sá. Difícil dizer o que sinto agora, tristeza misturada com temor. O caos oficialmente instaurado com o recuo do governo em retirar traillers na execução de policiais acaba de levar um dos mais experientes policiais que conheci. Sá, assim como muitos policiais, não precisava estar fardado para saber quem ele era,mas ele se destacava com sua humildade e presteza desinteressada. As monstruosidades submetido dia após dia não faziam perder a ternura no olhar, que acreditava ser o mais sedutor do mundo, rsrsrsrs.
    O Estado, a omissão ao que vem acontecendo, a burrice dos policias em travar guerra com quem não tem nada a perder, indignos da condição humana , matam um Grande homem. Sá fará muita falta

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  2. GILBERTO, NÓS POLICIAIS MILITARES AGRADECEMOS PELA FORMA HUMANA COMO VOCÊ TRATOU NO AMIGO O SGT SÁ. OBRIGADO PELA SIMPLES, MAS BONITA HOMENAGEM.

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  3. Secretario de segurança publica vamos fazer algo para combater essa bandidagem q já tomou conta da ilha de sao luis muitos policiais estão perdendo suas vidas para esses maginais .

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  4. Obrigado pela homenagem ao nosso guerreiro.

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  5. Foi um companheiro querido. Cumpriu sua missão. Agora é a nossa vez de cumprir a nossa. vá em paz Sgt pm Sa. Que Deus o tenha.

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  6. O espírito de Deus estava com ele e com filha dele o mistério do todo poderoso !!!...

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  7. Eu tive a oportunidade de conhece-lo, simplesmente ele era um profissionalmente extraordinário!

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  8. “Uma semana vai fazer sem nosso PM Dos Santos. Hoje ajudo a carregar meus companheiros. Amanhã eles me carregarão também”. (Sargento Sá, assassinado ainda este mês)
    “... Recentemente, ele, (o Sgt Prisca) com sua equipe do serviço velado, prendeu três membros da facção Bonde dos 40 – sendo duas mulheres – na cidade balneária. Os conduzidos estariam promovendo o terror na localidade, tendo ordenado até o fechamento de uma creche”.
    Para a bandidagem, o assunto é pessoal, ambos os Sargentos (Sá e Prisca) compunham uma eficiente equipe que incomodava o crime com suas ações. Se as nossas leis são brandas e permitem que Delegados e Magistrados mantenham em liberdade indivíduos nocivos à sociedade, Policiais Civis (da equipe de captura) e Militares COMPROMETIDOS COM SUA NOBRE MISSÃO, procuram manter encarcerados ou sob vigilância aqueles que teimam em afrontar as leis.
    Eis a razão da GUERRA DECLARADA do crime organizado em nosso país. Os Policiais hoje, são caçados NA PORTA DE SUAS CASAS! Vivem num beco sem saída: por um lado não podem fazer VISTAS GROSSAS ao Crime, pois têm o DEVER DE AGIR em prol da sociedade. Por outro, nossas leis não garantem por um tempo minimamente razoável, o resultado de seus esforços em manter presos, aqueles que com o risco da própria vida, são entregues às autoridades. Muitos saem no mesmo dia em que são apresentados às Delegacias, agraciados por dispositivos legais liberalizantes.
    No Brasil, A REGRA É A LIBERDADE, pois TÁ NA HORA DE REVERMOS ISTO; PARA O BEM DE TODOS NÓS.
    “Quantos policiais ainda vão ter que morrer para que a sociedade e o poder tome conta que nós somos país de família, somos policiais que trabalhamos em prol da sociedade, mesmo com o risco da própria vida (…)” (Sgt Sá)

    Urge levantarmos a bandeira da MUDANÇA DAS LEIS PENAL; PROCESSUAL PENAL E DAS EXECUÇÕES PENAIS. ABAIXO OS INDULTOS; ABAIXO AS REGRAS LIBERALIZANTES PARA CRIMINOSOS CONTUMAZES (ELAS DEVEM SERVIR A RÉUS PRIMÁRIOS); ABAIXO O ENGESSAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE FLAGRANTE DELITO (BANDIDO PRESO EM FLAGRANTE DEVE FICAR PRESO ATÉ A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL) quando o Juiz poderá manter a prisão (de flagrante para preventiva) ou liberá-lo, caso seja réu primário.

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