Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Troca da Adutora do Italuís, no campo de Perizes, não vai resolver o problema de abastecimento de água em São Luís. ‘Esqueleto’ do Italuís II é um monumento à corrupção

Somente a construção de um novo Sistema de Abastecimento, o Italuís II, resolverá o problema. Obra foi iniciada nos anos 2000, em um dos governos de Roseana Sarney, mas foi paralisada por suspeitas graves de irregularidade na contratação das empresas Gautama e OAS
Nova tubulação da adutora nos 19km do Campo de Perizes
No último dia de governo, Roseana Sarney percorreu várias obras inconclusas. Uma delas foi a troca da Adutora do Sistema Italuís, nos 19km do Campo de Perizes. É apenas a substituição da tubulação antiga que já não suporta mais a pressão máxima de bombeamento, pois está desgastada e rompe constantemente. A vazão da adutora antiga é de 1,8 metro cúbico de água por segunda. Com a adutora nova, o sistema vai operar com 100% da capacidade, aumentando essa vazão para 2,1 metros por segundo. Poderá diminuir problemas no abastecimento de água em algumas áreas de São Luís, principalmente na Itaqui/Bacanga.
Contrato do Italuís II com a OAS
Contrato do Italuís II com a GAUTAMA

O acréscimo no volume de água, a partir do início da operação da nova adutora, não será suficiente para resolver o problema de abastecimento em toda a cidade, que deve continuar com abastecimento através de rodízios, em dias alternados.

No entanto, na visita da manhã desta terça-feira(09), fez questão de dizer que a adutora será a solução para o abastecimento de água, Vamos deixar essa adutora praticamente concluída. Esse problema de São Luís padecer de falta de água com essa adutora vai acabar", disse.
'esqueleto' do Italuís II
'esqueleto' do Italuís II
Na verdade, somente um novo Italuís seria capaz de solucionar o abastecimento de água na capital. Essa obra foi iniciada em 2000, em um dos governos de Roseana, mas foi embargada em 2003, pela Controladoria Geral da União, por suspeitas de irregularidades graves, como superfaturamento e licitação dirigida para favorecer as construtoras OAS e Gualtama. Uma obra orçada em mais de R$ 300 milhões, sendo R$ 152,5 milhões para a OAS, e R$ 149,4 milhões para a Gualtama. A obra foi paralisada, mas não se tem notícia de que alguma dessas empresas tenha sido condenada a devolver dinheiro aos cofres públicos. Nem, tampouco, ficaram inadimplentes com o Governo Federal, pois continuaram participando de licitações normalmente.
'esqueleto' do Italuís II
'esqueleto' do Italuís II
Italuís II só ficou na placa
Os esqueletos do Italuís II são um monumento à incompetência de Roseana Sarney como gestora. Um símbolo da corrupção que marcou as passagem dela pelo governo. É mais uma obra inacabada que figura entre os inúmeros projetos malfadados que serviram para sugar recursos públicos. Até a obra dos 19km de adutora, no Campo de perizes, estimada em R$ 107 milhões, consta do rol do esquema de corrupção comandado pelo doleiro Alberto Youssef.

Cabe ao governador eleito Flávio Dino buscar, junto ao Governo Federal, a viabilização de recursos para a retomada da obra do Italuís II, com um novo processo de licitação e contratação sem a prática nefasta da corrupção.

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