Uma resposta dura da PM contra a bandidagem. E o Judiciário, vai continuar soltando malfeitores com a maior facilidade?

Cansada de ser caçada por facções criminosas, a PM resolveu dar uma resposta dura à bandidagem, na noite de quinta-feira(11). Usando informações do serviço de inteligência, conseguiu prender aproximadamente 80 supostos integrantes de uma facção criminosa, em um festa privê numa casa de eventos, localizada na Avenida Santos Dumont. O mais lamentável é saber que 30% dos participantes dessa festa eram menores. Entre os presos, várias mulheres.

Pelas informações passadas pela polícia, o grupo estaria comemorando assassinatos de PMs, principalmente do sargento Sá, morto na noite do último domingo(07), quando voltava ao seu apartamento, depois de comprar um churrasquinho nas proximidades, na área do Forquilhão. O crime teria sido ordenado de dentro do presídio de Pedrinhas por um integrante de uma facção criminosa. No entanto, a polícia trabalha com a possibilidade de latrocínio, pois os envolvidos vinham fazendo seguidos assaltos na noite do crime.

Essa ação mostra que a polícia está com tolerância zero com a bandidagem. Que não aceitará mais a onda de criminalidade e terror implantados na ilha. Deve apertar o combate ao tráfico de drogas, principal fonte de dinheiro para manter as facções criminosas. 

O comando da segurança anunciou a realização de várias operações em toda a região metropolitana, convocando para a linha de frente até os PMs que estão de férias. Se não tiver homens em número suficiente para combater a criminalidade de forma permanente, deveria requisitar o auxílio da Força Nacional de Segurança. Todo o esforço e empenho deve ser feito para garantir segurança ao cidadão que vive refém da violência e criminalidade.

Por outro lado, somente a ação da polícia não resolverá o problema da violência. É imperativo cobrar uma postura mais firme do Poder Judiciário, a quem compete manter o infrator atrás das grades, ou liberá-lo para continuar praticando crimes e afrontando a sociedade. Não se entende porque elementos de alta periculosidade conseguem alvarás de soltura facilmente. Seria eficiência de advogados criminalistas ou conivência de membros da justiça? 

Espera-se que esses presos na noite de quinta-feira, que comprovadamente participarem de alguma associação criminosa, não venham a ser liberados facilmente. Se o forem, sentir-se-ão fortes até para se vingar, caçando policiais que participaram dessa operação. Se isso ocorrer, a responsabilidade será do judiciário.

A sociedade não suporta mais ficar refém da bandidagem. Urge que o Estado retome sua autoridade e se imponha diante dessa barbárie imposta pelo tráfico, sob pena de sucumbirmos todos diante do poder da marginalidade.