do site Maranhão da Gente
Resgatar recursos desviados dos cofres públicos e
responsabilizar os criminosos que compõem e expandem a rede de corrupção no
Maranhão. Tais propostas prioritárias definidas pelo Governo do Estado em 2015
começaram a ser alcançadas com a criação da Superintendência de Prevenção e
Combate à Corrupção (Seccor) da Polícia Civil.

Ao todo, o balanço das
atividades da Seccor compreende nove operações macro, que resultaram em 33
prisões, cumprimento de 100 mandados de busca e apreensão, 78 veículos
apreendidos e 25 conduções coercitivas.
Segundo o secretário de Segurança Pública do
Maranhão (SSPMA), Jefferson Portela, a superintendência é mais um instrumento
de retomada dos recursos públicos desviados e punição dos culpados, como forma
de combater o comportamento de corrupção na administração pública.
“O dinheiro
público deve ser aplicado para fins públicos previamente definidos e não para
pessoas enriquecerem. Não se pode ficar rico às custas da saúde pública, da
merenda escolar ou da construção de moradias, de modo imoral. Essa cultura
maligna tem que acabar. A ordem é investigar, prender os responsáveis e
recuperar para o erário público o que foi desviado”, apontou Portela.

Operação Detonando desencadeia investigações de
crimes de agiotagem
Um dos principais enfoques da Superintendência de
Combate à Corrupção em 2015 foi desvendar crimes de agiotagem no Maranhão e
suas ramificações. A investigação foi desencadeada após o assassinato do
jornalista Décio Sá, em 2012, quando, a operação nomeada como “Detonando”
apreendeu documentos e cheques de municípios maranhenses sob a responsabilidade
de Gláucio Alencar, agiota condenado pela morte do profissional de imprensa. O
material serviu de base para a abertura de inquéritos e investigações criminais
quanto à agiotagem.
Na linha de frente do combate à agiotagem, foram
realizadas operações em diversos municípios, como Barreirinhas, Dom Pedro,
Marajá do Sena, Bacabal, Paulo Ramos, Arari e São Mateus. No início da atual
gestão, a SSPMA retomou os 42 inquéritos relacionados ao tema, que foram
deflagrados em 2012, mas não tiveram o prosseguimento devido à época.
Em operações divididas por município, os
ex-prefeitos de Dom Pedro, Zé Doca, Arari e Bacabal – Maria Arlene Barros
Costa, Raimundo Sampaio, José Antônio Nunes Aguiar e Raimundo Lisboa,
respectivamente – além do prefeito de Marajá do Sena, Manoel Edivan Oliveira da
Costa, foram presos preventiva ou temporariamente para facilitar a investigação
de desvio de recursos públicos dos municípios em que eram gestores.
El Berite identificou desvios de recursos na
prefeitura de Bacabal

Operação Cayenne apreende R$ 11,5 milhões em bens e
imóveis
Já a Operação Cayenne investigou desvio de verbas da
Universidade Virtual do Estado do Maranhão (Univima). A Polícia Civil
identificou a movimentação irregular de R$ 34 milhões. Ao todo, foram
apreendidos bens e imóveis no valor de R$ 11,5 milhões; o levantamento
patrimonial feito constatou o envolvimento de 60 imóveis. Nesta operação, foram
apreendidos ainda joias, relógios, quadriciclos e jetskis.
Com os primeiros resultados, o secretário Jefferson
Portela anunciou em novembro a expansão da superintendência. “A Seccor foi
ampliada e conta com mais delegados, investigadores e escrivães, que
intensificarão o trabalho de combate à corrupção”, enfatizou Portela.
Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro
De acordo com o delegado Lawrence Pereira, um dos
principais ganhos da Polícia Civil com a criação da Seccor foi a especialização
da investigação, com uma unidade específica para prevenir, investigar e
combater a corrupção. Este mês, o trabalho passou a contar com o suporte do
Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro, que impacta diretamente
na investigação de crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
O delegado geral de Polícia Civil do Maranhão,
Augusto Barros, explica que o principal objetivo do laboratório é viabilizar as
investigações que trabalham com grande volume de dados, na área financeira, com
cruzamento de contas. Segundo ele, o equipamento de segurança proporciona mais
agilidade aos processos e fortalece o combate à impunidade.
“Teremos mais agilidade. Um documento que demoraria
meses para ser avaliado poderá ser analisado em dias. Isso representa um ganho
na gestão de investigação criminal e mais ainda, na produção de provas para que
o judiciário e para o Ministério Público promovam a responsabilização, a fim de
que os processos-crimes andem mais rápido”, comentou o delegado geral da
Polícia Civil, Augusto Barros.
O laboratório conta com uma equipe especializada da
Polícia Civil. Os policiais manipulam softwares avançados de cruzamento de
dados, análise de vínculos e ferramentas de pesquisa para geração dos chamados
relatórios palatáveis, mais condensados e refinados, que facilitam, agilizam as
investigações e colaboram para a recuperação de ativos oriundos de crimes. O
espaço está equipado com computadores de alta performance com tela duplicada e
oito softwares, que trabalham os dados de maneira integrada.
Operações relacionadas à agiotagem em 2015
-IMPERADOR
-MAHARAJÁ
-MORTA VIVA
-EL BERITE
-EL BERITE II
-BOCAGE
-ARARI
SÃO MATEUS
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