quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Polícia desarticula quadrilha ligada à máfia da saúde no Rio; desvios chegam a R$ 48 milhões

Já são sete presos. Grupo fraudou mais de R$ 48 milhões em recursos públicos

POR O GLOBO

Parte do material apreendido na 'Operação Ilha Fiscal' 

RIO - Uma ação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco/IE) tenta cumprir nove mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo Criminal de Santa Cruz, contra uma quadrilha acusada de fraudar mais de R$ 48 milhões em recursos públicos por meio de contratos da Organização Social Biotech Humanas com o município do Rio. Sete acusados foram presos. Foram apreendidos joias, relógios, documentos, além de dois carros importados, da marca Ferrari; e cerca de R$ 500 mil em espécie na casa de dois dos detidos.

A operação “Ilha Fiscal” teve origem a partir de denúncia, ajuizada pelo Ministério Público, contra 37 pessoas que integram a OS, responsável por gerenciar os hospitais municipais Pedro II e Ronaldo Gazolla. Os acusados foram denunciados pelos crimes de peculato e falsidade em organização criminosa.

De acordo com a investigação, foram feitas inúmeras compras superfaturadas e pagamentos por serviços não prestados, sempre a cargo de pessoas ligadas ao esquema que, assim, possibilitavam o retorno do dinheiro aos dirigentes da Biotech, após saques milionários em espécie.

Cerca de 85 policiais da Draco participam da ação, que tem apoio do Grupo de Atuação Integrada na Saúde e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), do Ministério Público.

De acordo com o delegado titular da Draco, Alexandre Herdy, o objetivo é contribuir no combate a máfia da saúde, que além de lesar o governo, corrompe a gestão pública e afeta o atendimento à população.
Foi apreendida grande quantidade em dinheiro - Philippe Lima / Divulgação - Seseg


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