sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Medicamentos encontrados em ‘lixão’ de Teresina eram distribuídos a hospitais públicos e privados de Caxias; empresário foi preso pela PF

Os produtos adulterados eram encontrados no “lixão” de Teresina/PI, onde estariam sendo descartados sem a menor cautela, propiciando o resgate e recolocação para o uso médico, comprometendo tratamentos, inclusive de doenças como o “câncer”.


A Polícia Federal prendeu em flagrante o proprietário de empresa clandestina, localizada em Teresina/PI, que vendia medicamento sem autorização. Num depósito, na capital piauiense, ele mantinha grande quantidade de medicamentos farmacêuticos com prazos de validade vencidos, bem como material cirúrgico e hospitalar usados, que seriam base para falsificações, adulteração de componentes e outras atividades criminosas, visando a reinserção nos mercados consumidores maranhenses.

A descoberta das atividades criminosas foi possível a partir do esforço fiscalizatório da ANVISA, que destacou servidores da Brasília/DF para comprovar a existência de lote de medicamentos falsos em posse do Centro Médico de Caxias/MA. A partir da confirmação do potencial lesivo dos medicamentos e da gravidade dos fatos alcançando ao menos dois estados da Federação, a Polícia Federal em Caxias/MA, com apoio da Superintendência da Polícia Federal no Piauí, conseguiram localizar o endereço onde a empresa clandestina “SOARES” mantinha em depósito os produtos medicamentosos e demais itens de uso hospitalar, sem condições mínimas de higiene e misturados a produtos tóxicos e perigosos à saúde humana.

O preso, agora à disposição da Justiça Estadual em Caxias/MA, confessou que já pratica o comércio de produtos médicos e fármacos há bastante tempo, sem qualquer fiscalização sanitária, revendendo tais produtos a médicos, dentistas e até a hospitais públicos e particulares de municípios maranhenses e piauienses. Explicou, ainda, que uma grande parte dos produtos adulterados eram encontrados no “lixão” de Teresina/PI, onde estariam sendo descartados sem a menor cautela, propiciando o resgate e recolocação para o uso médico, comprometendo tratamentos, inclusive de doenças como o “câncer”.

As investigações prosseguirão para identificar os compradores e distribuidores dos produtos falsificados, bem como para municiar os órgãos públicos ligados à área de saúde, com informações necessárias para a tomada de medidas fiscalizatórias e punitivas urgentes, dada a gravidade da situação.


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