Quem fez tratamento para engravidar está preferindo congelar o embrião.
Ministério da Saúde diz que já houve 3893 notificações da doença no país.
Alex Barbosa
Jornal Hoje/São Luís

Estava tudo programado e 2016 era para ser o ano do nascimento do bebê da enfermeira Daniele Pinto, que agora vai esperar um pouquinho mais. A futura mamãe ficou assustada porque a irmã teve zika vírus na gravidez e o bebê nasceu com microcefalia.
Segundo o último relatório do Ministério da Saúde, já houve 3893 notificações da doença no país, 3402 só no Nordeste. Em uma clínica de inseminação artificial no Maranhão, com filiais em várias capitais nordestinas, a procura caiu mais de 30%.

Em um banco de embriões em São Luís, a demanda cresceu 60% de outubro para cá.
"Ele fica congelado por tempo indeterminado e, se ele quiser descongelar daqui um mês, três anos, 20 anos, pode descongelar sem problemas”, explica a embriologista Edla Fechine.

A pedagoga Alice Ribeiro está grávida de três meses, passa repelente toda hora e já fez o orçamento de uma tela para evitar mosquitos no apartamento:
“Fico repondo de duas em duas horas o repelente e quando vou sair de casa procuro sempre sair com roupa mais longa. A preocupação com o zika vírus existe, mas não deu pra aguentar a pressão que a caçula da família vinha fazendo. A gente, então, decidiu atender”.
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