Também são alvos da ação o ex-marido de
Lidiane, Humberto Dantas dos Santos; e o ex-secretário de agricultura, Antônio
Gomes da Silva.
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Lidiane Leite |
O Ministério Público Federal no Maranhão
(MPF-MA) anunciou, nesta quinta-feira (25), que entrou com ação de
improbidade administrativa, na Justiça Federal do Maranhão, contra a
ex-prefeita de Bom Jardim (MA), Lidiane Leite.
Além da ex-prefeita, são alvos da ação:
o ex-marido de Lidiane, Humberto Dantas dos Santos; e o ex-secretário municipal
de agricultura, Antônio Gomes da Silva.
Segundo o MPF-MA, foi constatado o
desvio de recursos federais destinados à merenda escolar durante a gestão
municipal de Lidiane Leite, de 2012 a 2015. Os recursos eram do Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE/2013), no montante de R$ 292.324. Além do
crime de desvio, o Ministério afirma que houve fraude licitatória e associação
criminosa. A ação segue em segredo de Justiça.
Entenda
o caso
Após denúncias de agricultores
cadastrados para fornecer alimentos a escolas de Bom Jardim, a PF começou uma
investigação sobre o desvio de milhões que deveriam ser aplicados na merenda e
na reforma das escolas. Por esses crimes, ela é investigada, desde o início do
ano, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas
(Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MP), pelo Ministério Público Federal
(MPF) e pela Polícia Federal (PF).
No esquema da merenda, supõe-se que eram
subtraídos valores a serem repassados aos agricultores, cerca de R$ 18 mil por
contrato firmado. Na reforma de escolas, estão sendo apuradas irregularidades
em contratos com empresas que não existem.
Lidiane Leite é apontada pela PF como
membro de uma organização criminosa que pode ter desviado até R$ 15 milhões da
Prefeitura de Bom Jardim. Fazem parte desta organização, segundo a polícia, os
ex-secretários do município, Beto Rocha, de Assuntos Políticos, e Antônio
Cesarino, de Agricultura. Ambos foram presos na data do início da fuga de
Lidiane.
Oito dias depois da fuga de Lidiane
Leite, a então vice-prefeita do município, Malrinete Gralhada (PMBD), assumiu o
comando da administração pública, após decisão do juiz Cristóvão Barros,
titular da 2ª Vara da Comarca de Santa Inês. Gralhada havia ingressado com
mandado de segurança para alcançar o posto.
A peemedebista acabou empossada pelo
próprio juiz, o que, naquela oportunidade, acabou inviabilizando a articulação
da Câmara de Bom Jardim. Os vereadores aguardavam que a ausência injustificada
completasse 10 dias para que fosse pedido o seu afastamento.
Fonte: MPF/O Estado online
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