Ciro chamou de "sindicato de ladrões" os líderes do PSDB e PMDB que estão se alinhando para garantir a aprovação do processo na Câmara.
Brasil 247
O ex-ministro do governo Lula e
presidenciável pelo PDT, Ciro Gomes, voltou a classificar o como golpe o
processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Ciro chamou de "sindicato de
ladrões" os líderes do PSDB e PMDB que estão se alinhando para garantir a
aprovação do processo na Câmara.
"O sindicato de ladrões agora é uma
coalizão PMDB/PSDB, acertada em jantares em Brasília. Com detalhes de como vão
repartir o governo, como o Michel Temer tem que assumir anunciando que não é candidato
à reeleição. Como vão desarmar a bomba da Lava Jato, porque começou a sair do
controle. Porque os políticos começaram a ver que pode sobrar para o lado
deles. Isso é o que tá apalavrado, num jantar em Brasília, pelos cleptocratas
do Brasil", disparou, em entrevista ao jornal O Dia.
Ciro disse ainda que foi um erro a
nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa
Civil. "Ainda que não seja, parecerá que o Lula estava querendo fugir de
um juiz 'severo' (entre aspas, frisa Ciro) para presumindo impunidade se
abrigar na jurisdição do Supremo. Tudo isso foi agravado pelas gravações
divulgadas. E o Supremo tem se comportado muito bem, salvo um ou outro
ministro. Não vamos esquecer que o Tribunal prendeu a cúpula do PT inteira",
afirmou.
Ciro Gomes criticou ainda a estratégia
da oposição em abandonar o processo de cassação da chapa Dilma-Temer no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Se o TSE cassar a chapa, tem eleições
gerais. E aí vem alguém. Acho que eles estavam com medo da Marina. Por isso,
resolveram restaurar a tese do impeachment. Não estão vendo que é um golpe no
país?", afirmou.
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