Rádio Voz do Maranhão

sábado, 16 de abril de 2016

Desespero: Golpistas iniciam ofensiva policial às vésperas de votação do impeachment

 São ao menos quatro pedidos de investigação, que citam de troca de cargos por votos a bloqueios de rodovias pelo MST, além de um inquérito contra Lula.
A oposição acusa o ex-presidente de oferecer cargos a deputados em troca de votos contrários ao impeachment
por Rodrigo Martins
CartaCapital

A menos de 24 horas da votação do impeachment, partidos da oposição, capitaneados pelo PSDB e pelo DEM, iniciaram uma ofensiva na Polícia Federal contra a presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e governadores que manifestaram apoio ao Planalto no processo.

São ao menos quatro pedidos de investigação, que tratam da suposta distribuição de cargos em troca de votos, de irregularidades na doação de terras da União ao estado do Amapá, do bloqueio de rodovias por militantes do MST, além de um inquérito que tem Lula como alvo específico.

A oposição acusa o ex-presidente de oferecer cargos a deputados em troca de votos contrários ao impeachment. “Fizemos uma representação junto ao Ministério Público Federal do Distrito Federal por inúmeras denúncias, muitas delas publicadas pela imprensa nacional, de atitudes não republicanas promovidas e capitaneadas pelo ex-presidente Lula, que está instalado num hotel em Brasília. Por conta disso, além da instalação do inquérito, pedimos também a busca e apreensão para a coleta de provas”, diz o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy.

Na avaliação do deputado petista Paulo Teixeira, vice-líder do governo, a iniciativa demonstra o “desespero da oposição” diante da perspectiva de derrota na votação do domingo 17. Para o colega Pepe Vargas, ex-ministro dos Direitos Humanos, não há nada irregular nas negociações com aliados.


“A presidenta Dilma é uma chefe de governo. Ela tem a prerrogativa, o direito e, eu diria até, a obrigação de montar o seu governo”, diz Vargas. “Quem não tem legitimidade para chamar pessoas no Palácio Jaburu e oferecer cargos no governo é o senhor Michel Temer, que não foi eleito presidente da República e está lá fazendo isso. Obviamente que as conversas de Temer não tratam de flores ou poesia. Ele está lá oferecendo cargos, na tentativa de montar um governo que não existe".

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