Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Dilma, na ONU: Brasileiro saberá impedir retrocesso

"Não posso terminar a minha fala sem mencionar o grave momento que vive o Brasil. O Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia, um povo trabalhador que tem grande apreço pela liberdade, que, acredito, saberá impedir quaisquer retrocessos”, disse Dilma.

 
Brasil 247

Na cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, sobre Mudanças Climáticas, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feita (22), a presidente Dilma Rousseff fez uma breve referência ao golpe que está em curso no Brasil.

"Não posso terminar a minha fala sem mencionar o grave momento que vive o Brasil. O Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia, um povo trabalhador que tem grande apreço pela liberdade, que, acredito, saberá impedir quaisquer retrocessos. Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade", disse ela ao final do discurso.

Antes, na maior parte do tempo, a presidente falou sobre questões ambientais, tema central do encontro.

O discurso (os principais trechos)

"Com imensa honra venho a NY assinar o acordo de Paris. Um acordo universal, sua conclusão exitosa em dezembro de 2015 representou um marco histórico na construção do mundo que queremos - um mundo de desenvolvimento sustentável para todos. O êxito deve muito a atuação do governo francês."

"Tenho orgulho do trabalho desenvolvido por meu país e meu governo para que, coletivamente, chegássemos a esse acordo."

"Demos respostas firmes e decisivas aos imensos desafios apresentados para construção de um amplo consenso."

"Hoje, ao lado de todos os chefes de Estado assumo compromisso a pronta entrada em vigor do acordo no Brasil. O caminho que teremos que percorrer agora será mais desafiador: transformar aspirações em resultados concretos."

"Realizar os compromissos que assumimos exigirá a ação convergente de todos nós, de todos os nossos países e sociedades. Países em desenvolvimento como o Brasil têm apresentado resultados expressivos na redução de emissões, e se comprometeram com metas ambiciosas"

"Alcançaremos o desmatamento zero na Amazônia."

"Nosso desafio é restaurar e reflorestas 12 milhões de hectares de floresta."

"É necessário que o setor privado desenvolva um esforço robusto de redução de emissões. Quero assegurar que estamos cientes de que firmá-lo é apenas o começo"

"Sem a redução da pobreza e da desigualdade não será possível alcançar as metas de redução das mudanças climáticas."

Recepção calorosa

Dilma foi recebida na noite de quinta-feira em Nova York de forma calorosa por um grupo de cerca de 50 pessoas que a esperavam com rosas e cartazes contra o impeachment, em frente à residência do embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Patriota, onde ela ficará hospedada.

Na denúncia contra o processo de impeachment sem crime, a presidente conta com o apoio de diversas publicação globais, que já tratam o golpe de golpe, além de outros organismos internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e chefes de Estado da América Latina.

Acordo de Paris

O Acordo de Paris estabelece um novo pacto global sobre o clima. O acordo, que entrará em vigor em 2020, foi aprovado em dezembro de 2015 durante plenária da 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), em Paris, França, e contou com decisiva participação brasileira.

Um dos principais objetivos é buscar caminhos que limitem o aumento de temperatura global neste século em até 2 graus Celsius, buscando atingir 1,5 grau Celsius. Prevê também dispositivos de mitigação e adaptação, bem como as necessidades de financiamento, de capacitação nacional e de transferência de tecnologia aos países em desenvolvimento. É a primeira vez que um acordo global sobre o clima é aprovado.

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