Depois de apostar no impeachment de
Dilma para chegar ao poder e de ver que o golpe perdeu força nos últimos dias,
o vice-presidente Michel Temer (PMDB) se licenciou hoje (5) da presidência
nacional do PMDB, de acordo com informações da assessoria do partido.
No Twitter, o senador Romero Jucá
anunciou que assumiu a presidência do PMDB na manhã de hoje e que fará um
pronunciamento sobre o assunto às 15h30, no plenário do Senado.
Por enquanto, Jucá se limitou a dizer
que a licença de Temer da presidência da legenda serve para blindá-lo da
tentativa de alguns setores de trazer o vice-presidente da República "para
uma briga de rua, um desgaste, um debate inócuo e muitas vezes
irresponsável".
"O presidente Michel Temer não vai
participar desse jogo, mas ao mesmo tempo o PMDB dará as respostas necessárias,
com a clareza necessária, com a firmeza necessária a qualquer tipo de
provocação", adiantou Jucá.
O anúncio ocorre exatamente uma semana
após o PMDB ter deixado a base do governo da presidenta Dilma Rousseff.
Na verdade, Temer imaginava que seria fácil
a deposição da presidente pela via golpista. Como disse Ciro Gomes (PDT), Temer é o “capitão
do golpe” contra Dilma Rousseff. Ao deixar o comando do partido, é como se estivesse abandonando os seus
pares e seguidores à própria sorte. Foi ele quem comandou a saída do PMDB do governo. E nem todos seguiram as ordens do 'capitão'.
O vice-presidente sentiu o golpe depois
da reação da presidente Dilma Roussef, com o apoio de grande parte da sociedade
e de movimentos sociais. Ele não contava com esse fortalecimento da presidente
e o enfraquecimento do impeachment na Câmara.
Temer está saindo pela porta dos fundos.
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