Acredito
que a vivência da solidariedade depende também do correto exercício do Poder
Público em prol do bem comum, construindo um estado melhor para todos.

O mês de maio é marcado por importantes
datas para nós cristãos. Há duas semanas, foi a vez do Pentecostes, celebração
do mistério do Espírito Santo, e neste feriado de quinta-feira comemoramos o
Corpus Christi. Aqui no Maranhão, houve lindas manifestações populares que
alegram as datas especiais e nos convidam à reflexão sobre os valores cristãos
da solidariedade e sua aplicação em nosso dia a dia.
Na homilia de Pentecostes deste ano, o
Papa Francisco lembrou as palavras de Cristo no Evangelho segundo São João
(14,18): "Não vos deixarei órfãos". Francisco afirmou que o Espírito
Santo nos religa ao Pai, tirando-nos da orfandade da solidão e da desesperança.
Reunidos novamente sob Deus, nos reconectamos com nossos princípios e nos
livramos da "dificuldade de reconhecer o outro como irmão, porque filho do
mesmo Pai". Belas palavras do Papa Francisco para nos lembrar que não
estamos sós no mundo, vivemos juntos com outras pessoas em nossa família, nosso
estado, nosso país. E com elas devemos viver em comunhão, partilhando as
escolhas para construção de condições melhores de vida a todos.
Vida em comum que também está nos
princípios celebrados no Corpus Christi. Neste feriado, os cristãos reverenciam
o sacramento da comunhão, momento em que nos unimos ao Corpo de Cristo. Nessa
liturgia, reafirmamos a comunhão dos valores do cristianismo. Princípios que
são reafirmados em várias passagens da Bíblia, como em Atos 4:31,32 “E, tendo
orado, moveu-se ao lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do
Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. E era um o coração
e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que
possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns”.
As celebrações cristãs reforçam,
portanto, a condição de irmandade em que devemos viver. Não vendo o outro como
um inimigo a ser destruído, mas como outro ser humano, com desejos e forças a
quem devemos estender a mão. Como cristão, trabalho diariamente para aplicar
esses princípios no trabalho do governo do nosso Estado. Acredito que a
vivência da solidariedade depende também do correto exercício do Poder Público
em prol do bem comum, construindo um estado melhor para todos. Por isso que,
quando me perguntam sobre qual obra vai “marcar” o nosso governo, sempre aponto
o cuidado com as pessoas, mediante políticas públicas feitas acima de tudo com
amor. Este é muito mais forte e importante do que grandes estruturas de cimento
e tijolos, que temos feito também, mas jamais perdendo a dimensão daquilo que é
o principal: melhorar a vida da população, sobretudo a mais pobre.
Aí estão os exemplos de irmandade que
consideramos importante fazer e destacar: o Plano Mais IDH; o Programa Escola
Digna, com construções e reformas de escolas; a Força Estadual de Saúde, já
atuando nos 30 municípios mais pobres; os novos hospitais regionais; o Bolsa
Escola, que chegou neste ano para 1 milhão de crianças e jovens; a rede de
educação profissional e tecnológica (IEMA); a pavimentação de mais de 1.000 km
de estradas e ruas; o programa Ninar, para recém-nascidos e crianças. E muito
mais, sempre buscando a comunhão justa da riqueza socialmente produzida.
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