A paciente Maria das Graças conta que na semana anterior ao filme sentia-se cansada e desanimada. Após participar da primeira sessão, ela e o marido, que a acompanha nos períodos de internação, já tem outra história para contar.

“Tudo o que vivemos reflete em
uma realidade que é o amor. Eu quero parabenizar aqueles que tiveram a ideia de
nos fazer viver esses momentos, pois se não podemos ir ao cinema, ele veio até
nós. Isso significa que eles estão lutando pelo nosso bem estar”. O relato é da
paciente Maria das Graças Rocha Almeida, de 47 anos, que há nove anos faz
tratamento oncológico e está internada no Hospital de Câncer Tarquínio Lopes
Filho (HCTLF) desde o dia 6 de julho.
Esta é a segunda vez que a
paciente participa da sessão de cinema, que acontece nas enfermarias do
hospital uma vez por semana, com o intuito de oferecer um ambiente diferente do
que eles estão acostumados e oportunizar o contato com uma atividade de
entretenimento e lazer. O projeto faz parte da Terapia Ocupacional do HCTLF e
os resultados começam a aparecer logo na segunda semana em que o projeto tem
sido colocado em prática.

A coordenadora de Terapia
Ocupacional do HCTLF, Leilian Carneiro, ressalta que esses resultados começam a
consolidar o objetivo do projeto. “A intenção era justamente essa, inserir os
pacientes em outra rotina e dar a eles a oportunidade de distração, aliada a
aprendizados que melhoram a autoestima, o bem estar e influenciam positivamente
no tratamento”, considerou a terapeuta.
Quem participou pela primeira
vez do ‘Cinema nas Enfermarias’ ressalta os aspectos positivos. “Essa é a
primeira vez que estou sendo acompanhante em um processo de internação. Não
imaginei que encontraríamos momentos como esses dentro de um hospital.
Reconheço como um incentivo e um benefício muito grande para quem participa”,
afirmou Rosilene Gusmão, que está há nove dias acompanhando a irmã Maria de
Lourdes Gusmão, de 41 anos. Maria de Lourdes está em tratamento contra um
câncer de mama. “Assistir ao filme é bom para distrair. Dá para tirar o foco da
doença. Gostei muito”, completou a paciente.
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