Em depoimento à Justiça Eleitoral no
processo que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer (eleita em 2014),
nesta segunda-feira (26), o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse
que quem quisesse cargos de comando na estatal tinha que "entrar no
jogo", e que os pagamentos de propina eram feitos desde o governo de José
Sarney.
Depoimentos anteriores
Segundo Costa, em depoimento à Justiça
Federal em 2014, desde o governo José Sarney (1985/1989) as indicações políticas
são rotineiras na Petrobrás, já apontando a possibilidade de o esquema de
pagamento de pagamento de propina ter sido implantado nesse período.
Na oportunidade, Costa disse: “Infelizmente, me arrependo amargamente,
aceitei indicação política para a diretoria de Abastecimento. Estou arrependido
de ter feito isso. Aceitei esse cargo e esse cargo me deixou e nos deixou aqui
onde estou hoje (...). Desde o governo Sarney até o governo Dilma todos os diretores
tiveram apoio político para ocupar cargos”.
Ainda em 2014, Paulo Roberto revelou, em
depoimento à PF, que três governadores, seis senadores, um ministro e pelo
menos 25 deputados federais foram beneficiados com pagamentos de propinas
oriundas de contratos com fornecedores da estatal.
O ex-dirigente citou, entre outros políticos,
os nomes da governadora Roseana Sarney (Maranhão) e dos ex-governadores Sérgio
Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco); do ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão; dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e
Ciro Nogueira (PP-PI); e dos deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e João Pizzolatti (PP-SC).
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