Rádio Voz do Maranhão

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Caema: Braide destina sem licitação R$ 5 milhões à empresa do sócio de seus irmãos

A contratação da CBM é cheia de irregularidades. O contrato foi feito a partir de 15 de julho, mas valendo desde 25 de maio. Isso porque a obra já teria começado antes mesmo do contrato, por conta de uma emergência. Isso não é permitido pela lei, que não aceita contrato de boca com a administração pública.
Eduardo Braide: contrato sem licitação para empresa cujos sócios possuem outra sociedade com seus irmãos

do Blog do Garrone
Em 2005, quando foi presidente da Caema, Eduardo Braide contratou a empresa CBM – Construções e Comércio Ltda para fazer manutenção de serviços e alegou emergência para não fazer licitação. A empresa ganhou R$ 2.383.60,18 no primeiro contrato de seis meses e depois ganhou mais R$ 2.383.60,18 em outro contrato de mais seis meses, de novo alegando emergência. Ao todo, quase R$ 5 milhões.

Essa operação já é estranha. Mas fica mais ainda quando se consulta que o quadro de sócios da CBM é formado por Heitor Pereira e Maria José dos Santos Viegas. Acontece que na mesma época Heitor Pereira se tornou sócio de Fernando Salim Braide e Antônio Carlos Salim Braide, irmãos de Eduardo Braide, na HB Agroindustrial e Pecuária Ltda – ME.

A contratação da CBM é cheia de irregularidades. O contrato foi feito a partir de 15 de julho, mas valendo desde 25 de maio. Isso porque a obra já teria começado antes mesmo do contrato, por conta de uma emergência. Isso não é permitido pela lei, que não aceita contrato de boca com a administração pública.

E mais, mesmo seis meses depois do contrato, a Caema não fez a licitação e emendou um novo contrato de emergência de mais seis meses. Um ano inteiro ganhando dinheiro sem licitação.

Nesse mesmo período em que gastou quase R$ 5 milhões com essa empresa, a Caema tinha cerca de R$ 6 milhões para fazer obras de esgoto na cidade, mas não fez. E tinha mais de R$ 5 milhões para colocar água em todas as casas, mas investiu apenas R$ 600 mil. E a cidade continuou com problema de água e esgoto.

Em entrevista nesta quinta à TV Difusora Braide disse que não há nada de ilegal no contrato, pois ele passou pela Central de Licitação, e também disse desconhecer a sociedade dos irmãos com o um dos donos da CBM.

Será que é essa a experiência que ele diz possuir como gestor da maior empresa pública do Maranhão e que o qualifica para administrar São Luís?


Veja o contrato da Caema e as constituições da CBM e da HB Agroindustrial, dos irmãos de Eduardo Braide: sócios em comum.
Contrato celebrado entre a Caema e a CBM
Alteração contratual da sociedade da CBM, onde Heitor Pereira consta como sócio
Alteração contratual da HB Agroindustrial com a inclusão do novo sócio Heitor Pereira, o mesmo da CBM

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