O
governador Flávio Dino decretou situação de emergência em todo o estado por
causa dos incêndios florestais ocorridos nos últimos dias na Região Leste. O
decreto foi publicado na edição desta sexta-feira (14) do Diário Oficial (DOE)
e vale por 180 dias. A medida serve para agilizar os procedimentos de combate,
facilitando a liberação de recursos, inclusive federais.
Segundo
o decreto, “ficam autorizados os órgãos que compõem o Sistema Estadual de
Proteção e Defesa Civil a prestarem apoio suplementar técnico e operacional no
âmbito das áreas afetadas por queimadas e incêndios florestais, mediante prévia
articulação e integração com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa
Civil”.
O
decreto considera que o grande número de incêndios provocados pela prolongada
estiagem oferece riscos de prejuízos econômicos públicos e privados, danos
humanos, materiais e principalmente ambientais incalculáveis. A partir dele,
uma das medidas facilitadas é a contratação extra de aeronaves e
caminhões-pipa, contratos de aquisição de bens necessários às atividades de
prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação do cenário das
regiões atingidas.
Será
otimizada, também, a mobilização de recursos humanos, como a união de esforços
e deslocamento de efetivos do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia
Militar, brigadistas e de outros órgãos.
Até
esta sexta-feira (14) foram registrados no Brasil 73.946 focos de queimadas e
incêndios florestais, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), e que o Maranhão é o quarto Estado da Federação em números de queimadas
e incêndios florestais com 6.508 focos registrados. Ainda de acordo com o
Instituto, sobre o Mapa de Risco de queimadas e incêndios florestais no Brasil,
o Maranhão está seguinte situação: com 159 Municípios em Situação de Risco
Crítico, 19 com Risco Alto e 5 com Risco Médio.
De
acordo com o decreto, atualmente todas as regiões do Estado estão sendo
afetadas pelas queimadas e incêndios florestais, atingido terras indígenas,
biomas e áreas protegidas por legislação ambiental estadual e federal. “Fica
autorizada a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta e a
realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, com o
objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada, sob a
coordenação e supervisão da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil,
diz o documento.
União
de esforços
Por
ordem do governador Flávio Dino, uma força-tarefa composta por equipes das
Secretárias de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Agricultura Familiar (SAF),
além da Agência de Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão
Rural do Maranhão – Agerp, está trabalhando para dar suporte às pessoas que
tiveram casas e terrenos atingidos pelo fogo.
O
presidente da Agerp, Júlio César Mendonça, explicou que, em curto prazo, o
Governo do Estado trabalhará “no apoio a mobilização da sociedade local e regional
para suporte as comunidades atingidas, na mobilização para restruturação das
comunidades, na orientação e formação sobre queimadas e incêndios, como evitar,
como prevenir e na orientação sobre aceiramento e uso adequado do fogo no
preparo de área para agricultura”.
De
acordo com o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão
(CBMMA), coronel Célio Roberto, as atividades de controle, combate e
monitoramento das áreas de influência das queimadas devem ser exercidas
permanentemente até a total extinção do fogo, de modo a prevenir e minimizar os
impactos ambientais e sociais. “Nesta sexta-feira (14) nós deslocamos para
Caxias um total de 37 bombeiros e mais quatro viaturas vindos da capital, para
incorporação e reforço das equipes já existentes”, informou.
O
Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social
(Sedes), irá distribuir 1 mil cestas básicas na região leste, sobretudo nos
municípios de Caxias, Governador Luiz Rocha, Duque Bacelar, Matões e Parnarama,
maiores afetados pelas queimadas. O objetivo é atender as cerca de 100 famílias
da região que se encontram desabrigadas pelos incêndios.
“Esses mantimentos irão garantir a alimentação dessas famílias por ao menos um mês”, afirma o subsecretário da Sedes, Francisco Oliveira Júnior.
“Esses mantimentos irão garantir a alimentação dessas famílias por ao menos um mês”, afirma o subsecretário da Sedes, Francisco Oliveira Júnior.
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