Quando
lemos que das 27 unidades da Federação 20 estão no vermelho, compulsamos a que
rumos podem levar a corrupção e a inadvertência com os gastos públicos. Chega a
ser deprimente a situação de alguns estados, como o Rio de Janeiro, obrigado
agora a parcelar em sete vezes o pagamento do funcionalismo público. Essa
situação de degeneração econômica passa, assim, a ser sentida na carne, na pele
de um povo que nenhum crime cometeu para merecer tamanho castigo.
É
quando falta comida na panela, quando empresas até pouco tempo sólidas demitem
funcionários ou fecham as portas, que percebemos o quão brutal foi o crime
cometido contra o Brasil e os brasileiros. E a maior parte das notícias
refere-se a propinas, corrupção, malversação de recursos públicos, dribles fiscais,
intencionais, criando um tumulto econômico que abala as estruturas da Nação.
De
onde estamos, em nossas salas, de nossas janelas, divisamos o tamanho do crime
no caminhar triste de pessoas desempregadas, no troco que falta aos bolsos para
pagar as contas, enquanto a conta da corrupção dispara, moendo estados e
municípios, sacrificando impunemente a população.
Felizmente,
medidas econômicas adotadas no início do governo Flávio Dino protegeram o
Maranhão da fase mais aguda da crise, mas não sabemos até quando será possível
resistir. A contenção de gastos, a honestidade e a transparência, a aplicação
do dinheiro do povo no interesse do povo, o fim de privilégios exacerbados, o
fim da corrupção no Estado, resguardaram de maiores sacrifícios nossa economia.
O Raio
X da crise econômica realizado pelo Portal G1 mostra uma situação desesperadora
nos estados. O rombo somado chega a R$ 56 bilhões, dinheiro que em grande parte
alimentou mutretas, foi parar em contas secretas e deixou o país à beira da
insolvência.
Mas, apesar da crise, no Maranhão as contas do Estado estão em dia, com um superávit
primário de R$ 438 milhões e o Estado não cortou investimentos nem precisou
atrasar salários. Teve que recorrer, como outros, ao aumento das receitas
tributárias. Por enquanto, estamos vencendo a crise, a despeito das aves de mau
agouro que juram que o Maranhão vai parar.
E aqui
máfias de todos os matizes agiram impunemente tempo demais. A agiotagem comeu
recursos públicos municipais, as bandalheiras fiscais, o superfaturamento, a
propinagem deslavada quase arrastaram o estado para o centro da crise. O que só
não aconteceu pela mudança radical na postura do novo governo, que agiu para a
geração de emprego e renda, ressuscitou a agricultura e a agricultura familiar,
encontrou as vocações de cada região do Estado, investiu em saúde pública, pavimentação,
educação e estradas. Organizou-se, de fato, para combater a pobreza e os
terríveis índices de desenvolvimento humano do Maranhão.
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