A 'santa' Roseana nunca fez nada de errado e tudo não passa de perseguição política |
Por Raimundo Garrone
Não
sei se por ignorância ou por obscura intenção em confundir a opinião pública,
mas alguns jornalistas e blogueiros partiram para desqualificar a denúncia do
promotor Paulo Ramos contra a ex-governadora Roseana Sarney e mais nove
pessoas, acusadas de formar uma organização criminosa para saquear os cofres do
Estado.
A tática é transformar a ação do MP em uma
orquestração política a partir do Palácio dos Leões, envolvendo inclusive a juíza
da 8ª Vara Criminal, Cristiana Ferraz, que recebeu a denúncia, para atingir a
ex-mandatária do Maranhão.
A Juíza Cristiana Ferraz: 20 anos de exercício da Magistratura e respeito pela seriedade com que desempenha suas funções |
Como
sempre, um candor de inocência, Roseana classifica todas as acusações – esta
não é a primeira – como perseguição política!
E para
dar algum sentido a sua defesa, a turma inverte os fatos e interpreta
maldosamente as declarações do promotor sobre o acordo que fez com a magistrada
para não divulgar as medidas cautelares requeridas antes da sua decisão,
prevista para a última sexta-feira, como de fato ocorreu, conforme a própria
estabelecera.
É
natural que em qualquer julgamento o juiz marque uma data para proferir a sua
decisão, até mesmo para a tranquilidade das partes.
O
promotor Paulo Ramos poderia ter antecipado durante a entrevista coletiva se
requereu algum pedido de prisão ou de busca e apreensão nas residências e
escritórios dos acusados, mas não o fez em respeito à juíza, permitindo-lhe a
tranquilidade necessária para decidir sobre o caso sem a pressão da sociedade.
Já
pensou se ele divulga que pediu a prisão de A ou de B e depois ela nega?
Agora
daí dizer que o promotor estava em conluio com a juíza para aceitar a denúncia
e assim atingir a ex-governadora, tem tão somente a finalidade de constrangê-la
a conceder as medidas cautelares solicitadas pelo MP, caso assim as considere
essenciais para garantir o devido processo legal.
O promotor Paulo Ramos: coragem e determinação para enfrentar as organizações criminosas que sangram os cofres públicos |
Teve
até um deles que escreveu, para dar ares de escândalo, que o MP protocolou a
denúncia na quinta e a juíza decidiu na sexta, enquanto que na verdade ela foi
protocolada no dia 21 de outubro!
Outro
afirmou que o Conselho Nacional do Ministério Público e o Conselho Nacional de
Justiça devem apurar o acordo entre a juíza e o promotor para “deferir medidas
cautelares”, segundo informações repassadas por procuradores e magistrados, sem,
no entanto, identificá-los.
É mais
uma invenção para proteger os acusados de provocar um prejuízo de quase 1
bilhão de reais aos cofres públicos do Maranhão!
Para
piorar o festival de absurdos, este ainda disse que Paulo Ramos prevaricou ao
não denunciar os supostos beneficiários do esquema de isenções fiscais,
ignorando o sigilo fiscal previsto em lei, que o impede de divulgar os nomes
dessas empresas, e as duas denúncias protocoladas pelo MP, uma Cível, que está
sob sigilo, no mês de julho, e outra criminal no dia 31 de outubro.
Mas o
maranhense está cansado de tanta desfaçatez, e setores do Ministério Público e da Justiça
já não temem em cutucar a onça com a vara curta!
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