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Na
manhã desta terça-feira (8), o promotor Paulo Ramos, titular da 2º Promotoria
de Justiça de Defesa da ordem Tributária e Econômica de São Luís, que comanda
as investigações das ações da organização criminosa que agia na Secretaria de
Estado da Fazenda (Sefaz), durante o governo de Roseana Sarney, concedeu
entrevista ao programa “Comando da Manhã”, na Rádio Timbira. Ele voltou a
reafirmar que os trabalhos de investigação da organização criminosa avançam de
forma mais intensa com o apoio de uma força-tarefa composta por diversos
promotores. Outras denúncias, ainda mais pesadas, devem ser reveladas
brevemente.
Durante
mais de uma hora de entrevista, Paulo Ramos destacou as providência que o
Ministério Público tem tomado para fazer com que essas pessoas que lesaram o
erário público, de forma muito violenta, sejam punidas.
“Foram
milhões desviados que poderiam ter sido aplicados adequadamente na saúde,
educação e infraestrutura, mas serviram para alimentar os bolsos desses
larápios que desviaram dinheiro público. Recursos também para alimentar
campanhas eleitorais”, disse.
Paulo
Ramos destacou que o jornalista que mais o ataca foi o primeiro a denunciar, no
início de 2014, que Trinchão e Roseana faziam parte de uma organização
criminosa para desviar dinheiro público.
“Fico
realmente surpreso que essas pessoas, alinhadas ao império político, se
disponham – já que são mercenários – a atacar o MP e o Poder Judiciário, que são
instituições absolutamente independentes e responsáveis. Não fomos nós que
inventamos esses personagens, não fomos nós que praticamos crimes. Os crimes foram
praticados por essas pessoas denunciadas. Se não tivessem praticado crimes, não
existiriam denúncias e não teriam se tornado réus”, acrescentou o promotor.
Para
ele, um setor mercenário da imprensa quer desmoralizar as instituições em um
Estado absolutamente provinciano, em que a República ainda não se impôs. “Há
uma resistência de implantarmos no Maranhão um espaço em que o poder público
sirva ao interesse público, que o dinheiro público seja aplicado corretamente.
Essas pessoas do passado resistem, são dissimuladas, são falsas”, desabafa.
Àqueles
que tentam desqualificar o trabalho do MP, o promotor diz que passou quase um
ano coletando o material que dá sustentação às denúncias, com mais de 4 mil
documentos, obtidos junto a órgãos e instituições. Segundo ele, foi a primeira
vez que as instituições entraram em sintonia no sentido de combater a maior
rede de corrupção já instalada no Maranhão, tendo como local estratégico de
drenar os recursos públicos a Secretaria da Fazenda.
“Se a
denúncia fosse ridícula, ela não seria aceita e eles não estariam tão
incomodados. Eles sabem que a denúncia tem fundamento. Ela está assentada em
mais de 4 mil documentos. Eles criaram o esquema criminoso e, agora, não querem
pagar por terem cometido crimes. O que a sociedade espera de um promotor? Que
ele verifique que um crime foi cometido dessa ordem e arquive, ignore,
desconsidere, só porque A, B, C ou D praticou esse delito? Se praticaram
delitos devem ser denunciados e punidos, após o devido processo legal”, pontuou
o promotor.
Paulo
Ramos diz, ainda, que, se os denunciados têm convicção que não praticaram
crimes devem comprovar isso no Judiciário e não no âmbito da imprensa, da
mídia.
“O
promotor denunciou, o judiciário aceitou a denúncia e, agora, vai haver a
instrução desses processos, onde as pessoas terão direito à ampla defesa e ao
contraditório. Ao final, haverá uma sentença que reconhecerá oficialmente se
eles praticaram ou não o crime”, disse.
Confira
a íntegra da entrevista com o promotor Paulo Ramos.
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