Luccas
Inague Rodrigues é o terceiro prefeito eleito com prisão decretada em menos de
uma semana em São Paulo; outros casos aconteceram em Embu das Artes e Osasco
Prefeito de Presidente Bernardes, Luccas Inague Rodrigues e seu vice, Reginaldo Luiz Ernesto Cardilo |
José Maria Tomazela
O Estado de S. Paulo
Sorocaba - O prefeito eleito de
Presidente Bernardes, interior de São Paulo, Luccas Inague Rodrigues (PP), e
seu vice, Reginaldo Luiz Ernesto Cardilo (PP), foram presos no sábado, 10,
acusados de coagir testemunhas em inquérito que investiga crimes eleitorais
praticados na campanha às eleições municipais de outubro. As prisões
preventivas foram decretadas pela Justiça Eleitoral, após representação do
Ministério Público.
Rodrigues é o terceiro prefeito eleito
com prisão decretada em menos de uma semana em São Paulo – outros casos
aconteceram em Embu das Artes e Osasco. Os suspeitos foram presos em suas
residências e, após serem ouvidos, foram levados para a Cadeia Pública de
Presidente Venceslau. Rodrigues, um médico de 33 anos, e Cardilo, comerciante
de 49 anos, venceram as eleições à prefeitura com 48% dos votos válidos,
superando outras duas chapas concorrentes.
De acordo com a Polícia Civil, o
prefeito e o vice eleitos foram denunciados em setembro deste ano por supostos
crimes contra o sistema financeiro e falsidade ideológica. Durante as eleições,
eles também foram acusados de boca de urna. No decorrer da investigação, os
dois teriam coagido testemunhas arroladas no inquérito. Os advogados dos
eleitos devem entrar com pedidos de habeas corpus nesta segunda-feira.
Outros casos. Na sexta-feira, 9, o
eleito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB), que é vereador e atual presidente
da Câmara, teve mandado de prisão expedido na Operação Xibalba, que investiga
lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, e está foragido. Seus
advogados informaram que ele vai se apresentar para se defender das acusações.
Na terça-feira, 6, foi alvo de mandado
de prisão o prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins (PTN), investigado na
operação Caça Fantasmas, que apura funcionários-fantasma e desvio de dinheiro
público na Câmara local. Lins, que é vereador licenciado, não foi preso porque,
segundo sua assessoria, está em viagem ao exterior com a família.
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