As trágicas cenas na Penitenciária de
Pedrinhas que marcaram os anos de 2013 e 2014, no governo passado, ficaram
tristemente registradas no imaginário nacional. Representaram o ápice da
violência e desumanidade que castigaram um estado que vivia abandonado por seu
governo, com toque de recolher pelas ruas de São Luís, quase que semanalmente.
Mudar essa situação vem exigindo trabalho diário e pesado, pois recebemos
serviços de segurança sucateados. Mas os primeiros frutos começam a aparecer.
Para virar a página, tivemos de começar
recuperando a autoridade do Estado no sistema penitenciário e nas ruas. E para
isso estamos enfrentando um drama: o Maranhão era o estado com o menor número
de policiais por habitante do país. Além disso, reinava a confusão no sistema
penitenciário, com terceirizações desorganizadas e inexistência de rotinas de
segurança.
Por isso, nomeei 2.500 novos policiais,
somando os que serão apresentados agora em janeiro, além de realizar quase 4.000 promoções, em um inédito
programa de valorização da categoria. Também entregamos mais de 400 novas viaturas, que já estão
circulando pelas ruas de todo o estado para combater a criminalidade,
substituindo veículos velhos e ineficientes. Compramos armas modernas, de longo
alcance, para enfrentamento de quadrilhas interestaduais que atuam no Nordeste.
Além do reforço de pessoal e
equipamentos, estamos atuando no sentido da especialização do trabalho
policial, com as Superintendências de Homicídios, de Narcóticos e de Prevenção
e Combate à Corrupção, que permitiram maior efetividade das investigações.
Também criamos a Delegacia Móvel de Homicídios, que atende no local do
crime, facilitando a coleta de informações com testemunhas e agilizando os
inquéritos.
Inauguramos o Instituto de Genética Forense (IGF), um dos
maiores em estrutura física do Brasil e com equipamentos modernos, tornando
possível a análise de elementos do perfil genético para detectar autorias de
crimes. Antes do nosso governo, as perícias tinham que ser feitas em outros
Estados, pois não dispúnhamos de serviços adequados, atrasando em meses as
investigações.
O resultado desse trabalho começa a aparecer
em índices referendados por órgãos nacionais. Já em 2015, o Fórum Nacional de
Segurança Pública colocou o Maranhão em seu ranking como o segundo estado menos
violento do Nordeste. De janeiro a novembro deste ano, já tivemos uma redução
de 23% no número de homicídios dolosos em relação ao mesmo período de 2014.
Isso representa centenas de vidas poupadas, após uma década em que a violência
só aumentou. Infelizmente a crise econômica tem levado, em todo o país, a um
crescimento de crimes contra o patrimônio, nosso maior desafio no momento.
No sistema penitenciário, tomamos
medidas para tirar poder das facções e para buscar ressocializar os presos.
Aumentamos o número de vagas para presos e contratamos centenas de novos profissionais
para os estabelecimentos penais. Mais de 1.500 internos foram inseridos em
ações de trabalho e mais de 800 foram matriculados em sala de aula. Há mais de
50 oficinas de trabalho em pleno funcionamento nos presídios, com padarias,
malharias, fábrica de blocos de concreto, almofadas, chinelos, hortas,
artesanato, vassouras. E o controle da entrada de visitas, por escâner
corporal, reduziu drasticamente a possibilidade de ingresso de celulares,
drogas e armas.
Isso tudo é parte de um grande projeto
chamado Pacto pela Paz, que está em implantação com muitas outras
iniciativas, a exemplo do “Novembro pela Paz” e da Semana dos Direitos Humanos, realizada na semana passada.
Afinal, nenhuma sociedade conseguiu vencer a criminalidade apenas com ações
repressivas, e sim combinando-as com ações preventivas e sociais. Esse é o
nosso caminho, e melhores resultados ainda virão, em tema tão difícil em todo o
Brasil.
- Saiba
mais: Com novo modelo de gestão, ações na área de segurança
aumentam resolução de casos de homicídios
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