Mais vez o ex-senador José Sarney
aparece no epicentro de uma crise institucional que está levando o país ao
caos. A ideia de Renan Calheiros endurecer o jogo e peitar o STF teria partido
do oligarca maranhense.
Logo após o encontro com Sarney, Renan disse que não iria obedecer à decisão liminar do ministro do STF (Supremo
Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello que o afastava da presidência do Senado.
O coronel alagoano disse que vai
aguardar até que o plenário do Supremo julgue em definitivo o seu afastamento.
“Há uma decisão da Mesa Diretora do Senado que precisa ser observada do ponto
de vista da separação dos poderes”, defendeu. O julgamento é o primeiro na pauta da sessão desta quarta-feira (7).
Não é só Renan Calheiros que está na
mira do Supremo Tribunal Federal. O ministro Teori Zavascki, do STF, autorizou
há dois meses a abertura de procedimentos preliminares para apurar fatos
narrados na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, um
dos delatores da Operação Lava Jato, que envolve o ex-senador José Sarney.
Sérgio Machado disse em delação premiada
que Sarney recebeu propina de contratos da Transpetro durante nove anos, no
valor total de R$ 18,5 milhões. Desse montante, R$ 16 milhões foram recebidos
em espécie.
O primeiro repasse de propina a Sarney
foi realizado em 2006, no valor de R$ 500 mil. A princípio, o dinheiro era
repassado sem periodicidade certa. A partir de 2008, as parcelas eram pagas
anualmente. Os repasses perduraram até agosto de 2014.
O dinheiro era transferido ora como
doações oficiais ao PMDB, com recomendação expressa de repasse a Sarney; ora em
entregas em espécie. A origem dos recursos eram as empresas com contrato com a
Transpetro, que são investigadas na Lava-Jato.
Sarney
pode cair nas mãos de Moro
O ministro Teori Zavascki, do Supremo
Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de procedimentos preliminares para
apurar fatos narrados na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio
Machado, um dos delatores da Operação Lava Jato.
Na mesma decisão, o ministro decidiu que
somente citados que tem foro privilegiado, como os deputados e senadores, vão
responder às acusações na Corte. Os demais serão enviados para julgamento pelo
juiz federal Sérgio Moro, entre eles o ex-senador José Sarney.
Em interceptações, José Sarney foi pego
tentando obstruir as investigações do esquema de corrupção que atuava na
Petrobras. A Procuradoria Geral da República (PGR) chegou a pedir a prisão de
Sarney, que foi negada.
Com informações do Blog do John Cutrim
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