O novo secretário, que
responde a um processo por improbidade administrativa no município de Pio XII,
no Maranhão, mentiu para ser selecionado e participar de um encontro de
gestores de juventude ao informar que foi secretário de Cultura e Juventude da
capital São Luís, cargos que nunca ocupou.
Assis Filho nem assumiu o cargo, mas já é destaque negativo do destrambelhado governo de Michel Temer |
do Brasil
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O novo
secretário nacional da Juventude do governo Temer, Francisco de Assis Costa
Filho, nomeado nesta sexta-feira 13 no lugar de Bruno Júlio – que deixou o
cargo após defender "uma chacina por semana" nos presídios do País –
tem mais a responder do que o processo de improbidade administrativa no
Maranhão.
Em 2015, a
Secretaria Nacional da Juventude abriu uma seleção que escolheria 100 gestores
da área para receber apoio financeiro a fim de participar do III Encontro dos
Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, organizado pela Frente Nacional
de Prefeitos, entre os dias 7 e 9 de abril daquele ano.
Na inscrição,
Assis Filho informou ser secretário de Cultura e Juventude de São Luís, capital
do Maranhão, cargo que nunca ocupou (confira aqui a tabela com os
selecionados). Uma função ocupada por ele na área de Juventude ocorreu no
município maranhense de Pio XII. No entanto, ele se tornou secretário na cidade
apenas em maio de 2015 – a seleção para o encontro foi em fevereiro.
Neste
encontro, seria eleito o presidente do Fórum Nacional de Gestores de Juventude,
em quem ele votou de forma irregular, uma vez que não era gestor – foi eleita
aquele ano para o posto Camila Cardoso, do PT de São Paulo. Assis Filho chegou
a lançar um candidato, então presidente da Juventude do PMDB, Valber Neto, que
foi derrotado.
No processo
por improbidade administrativa a que responde, o novo secretário de Temer é
acusado de ser funcionário fantasma em Pio XII, onde teria acumulado até seis
cargos municipais num intervalo de quatro meses, segundo o Ministério Público
do Maranhão. Ele teve os bens bloqueados em agosto de 2016 e tenta reverter
essa decisão na Justiça. Outras 47 pessoas foram acusadas do mesmo esquema e
tiveram bens bloqueados. O Ministério Público do Maranhão acusa o grupo de ter
causado prejuízo de R$ 2,5 milhões aos cofres municipais com pagamentos a
funcionários fantasmas.
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