Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Pai do advogado Brunno Matos fala sobre o julgamento dos envolvidos no assassinato do filho

Sentarão no banco dos réus, no 2º Tribunal do Júri, na quinta-feira (2), os acusados Carlos Humberto Marão Filho, Diego Henrique Marão Polary e João José Nascimento Gomes.
Os três acusados do assassinato de Brunno Matos: Joâo José, Diego Polary e Humberto Marão
O advogado Brunno Matos foi assassinado na
madrugada do dia 06 de outubro de 2014
O pai do advogado Brunno Eduardo Matos Soares, Rubem Soares, ao lado da família, vive a expectativa do julgamento dos três acusados do crime, nesta quinta-feira (2), no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís.

Em conversa com o blog, Rubem Soares diz que acredita na justiça, com a condenação dos acusados. “Diante de todas as evidências e da própria confissão do Marão, que aponta seu afilhado como autor dos golpes que ceifaram a vida do Brunno e quase leva o nosso outro filho a óbito, não tenho dúvidas da condenação dos três indiciados”, disse Soares.

O jovem advogado foi assassinado a facadas na madrugada do dia 06 de outubro de 2014, no bairro Olho d´Agua, em São Luís, após a festa de comemoração da vitória do senador Roberto Rocha.

Sentarão no banco dos réus, no 2º Tribunal do Júri, os acusados Carlos Humberto Marão Filho, Diego Henrique Marão Polary e João José Nascimento Gomes.

Carlos Marão Filho foi pronunciado pela suposta participação na morte do advogado Brunno Matos; o vigia João José Nascimento Gomes, pela suposta prática de homicídio do advogado e tentativa de homicídio contra Kelvin Chiang; e Diego Polary, pela suposta prática de crime de homicídio de Brunno Matos e tentativa de homicídio contra Alexandre Matos.

O trio foi pronunciado a júri pela juíza Samira Barros Heluy, em agosto de 2015. Na ocasião, a magistrada disse que eles seriam levados a Júri Popular por haver prova da existência de crimes dolosos contra a vida, com indícios da autoria, inexistindo prova inquestionável de qualquer excludente de criminalidade.

Os réus chegaram a recorrer da decisão, mas, em março de 2016, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão manteve a decisão de pronúncia da juíza para que eles fossem submetidos a júri popular. O colegiado seguiu entendimento do desembargador Joaquim Figueiredo, relator do processo.
Brunno Matos, Alexandre e Rubem Soares
Confira o que o pai de Brunno Matos falou ao blog.

Blog - Como tem sido a luta da família por justiça?
Rubem Soares - A luta por "justiça" tem sido muito desgastante. Nosso emocional continua comprometido. Têm sido dias muito difíceis, cheios de tristeza, dor e muita saudade. Tomamos todas as providências que foram possíveis para que alcancemos essa vitória, que é colocar o assassino do nosso filho atrás das grades.

Você acredita que a justiça será feita?
Com relação se acredito que a justiça seja feita? Sim! Diante de todas as evidências e da própria confissão do Marão, que aponta seu afilhado como autor dos golpes que ceifaram a vida do Brunno e quase leva o nosso outro filho a óbito, não tenho dúvidas da condenação dos três indiciados.

No entanto justiça mesmo seria ter o Brunno de volta, mas já que isso é impossível, queremos pelo menos que os culpados paguem pela barbaridade que cometeram.

Você acha que algum dos envolvidos pode mudar de versão para tentar livrar a pele de quem possa ter sido o autor das facadas que tiraram a vida de Brunno?
Os réus estarão sob juramento, e todos deram suas versões. Se alguém pode mudar a versão é o vigia que por estar sendo constantemente ameaçado pelo Marão, pode finalmente falar o que realmente aconteceu. Não creio que ele prefira ir para Pedrinhas por medo de ameaças, aliás Pedrinhas é muito mais perigoso, até porque o Marão não teria coragem de atentar contra o vigia, haja vista que o mesmo fora avisado pelo juiz Gilberto de Moura Lima, para que ele mantivesse distância do vigia, pois sabia das ameaças e que se as mesmas continuassem ele mandaria prender o Marão.

Vai ser um dia muito difícil, mas estou preparado para o que der e vier.

Como tem sido a vida sem o Brunno?
A vida sem o Brunno tem sido de muita dor, depressão, falta de alegria e desmotivação. Vivo à base de tranquilizantes, os quais me acompanham desde aquele 06 de outubro de 2014. A vida perdeu a graça, perdeu o sentido. Os dias são todos iguais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário