Postura letárgica de Michel Temer diante
da convulsão social que vive o Espírito Santo com a greve branca da Polícia
Militar, que já resultou em mais de 120 mortos e cerca de R$ 300 milhões em
prejuízos para o comércio, tem provocado revolta.

A postura de Michel Temer diante da
convulsão social que vive o estado do Espírito Santo com a greve branca da
Polícia Militar, que já resultou em mais de 120 mortos e cerca de R$ 300
milhões em prejuízos para o comércio tem revoltado os brasileiros, e os
capixabas especialmente.
Desde que a crise explodiu no sábado, 4,
já se passaram seis dias e nem Temer, nem o ministro interino da Justiça, se
pronunciaram oficialmente. E nem pretendem fazê-lo. O titular da pasta,
Alexandre de Moraes, parece ignorar a crise enquanto utiliza o aparato do
estado para angariar votos de senadores a favor de sua indicação para o Supremo
Tribunal Federal (STF).
Na última terça-feira, enquanto o
governador Paulo Hartung (PMDB) falava à imprensa as primeiras medidas contra o
que chamou de "sequestro", Moraes foi recepcionado em um jantar de
luxo por oito senadores, no barco do senador Wilder Morais (PP-GO), o lago
Paranoá, em Brasília (leia mais).
O jornal A Gazeta, maior veículo de
comunicação impressa do Espírito Santo, relata nesta sexta-feira, 10, que
procurou Michel Temer e o Ministério da Justiça para comentarem a ação do
governo federal diante da crise, e não obteve resposta.
"Até agora, Temer nem sequer fez
uma declaração pública sobre a gravidade do quadro capixaba, mesmo que seus
auxiliares reconheçam o risco de o movimento se espraiar e paralisar a polícia
de outros Estados já conflagrados, como o Rio de Janeiro", diz o jornal.
A reportagem de Rondinelli Tomazelli
destaca que Temer mantém distância dos microfones em relação à rebelião que
beira o descontrole e abriu caminho para mais de 100 assassinatos. "Apesar
de as forças federais estarem no Estado, a impressão é de um certo distanciamento
do governo", afirma.
O jornal capixaba lembra também que
Michel Temer é reincidente em ser retardatário nos assuntos de Segurança
Pública.
"Temer, da última vez em que falou
sobre segurança, em janeiro, se embananou. Só se manifestou cinco dias após o
início da crise do sistema penitenciário em Manaus, chamando a chacina de
"acidente pavoroso", como se acidente tivesse sido. A Força Nacional
de Segurança tem tido trabalho: começou 2017 socorrendo Estados com crise
prisional, como Amazonas e Roraima."
Do Brasil 247
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