
Em seu depoimento, BJ, como é conhecido,
afirmou que a construtora baiana fez depósitos para Aécio em conta sediada em
Nova York operada por sua irmã e braço-direito, a jornalista Andrea Neves. Os
valores, de acordo com BJ, foram pagos como “contrapartida” ao atendimento de
interesses da construtora em empreendimentos como a obra da Cidade
Administrativa do governo mineiro, realizada entre 2007 e 2010, e a construção
da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Estado de Rondônia, de cujo
consórcio participa a Cemig, a estatal mineira de energia elétrica.
Nas delações de executivos da Odebrecht,
Aécio Neves é o político que recebeu uma das mais altas somas da construtora,
R$ 70 milhões. Este valor não aparece nas contas de campanha do senador tucano
declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com informações do TSE, Aécio
recebeu oficialmente da Odebrecht R$ 15,9 milhões, uma diferença de mais de R$
50 milhões em relação ao que foi relatado nas delações da empreiteira. Destes
R$ 70 milhões, cerca de R$ 50 milhões foram repassados ao senador depois que a
Odebrecht venceu o leilão para a construção da hidrelétrica de Santo Antônio,
em dezembro de 2007, de acordo com outra delação, a de Marcelo Odebrecht.
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