A oligarquia Sarney está em polvorosa.
O naufrágio da canoa de Temer será a pá de cal nas pretensões de soerguimento
da mais longeva oligarquia do país. Sarney foi um dos mentores do golpe contra
Dilma. Com Temer, passou a ser homem forte. Até emplacou o filho Zequinha no
Meio Ambiente.
Sempre atuando nos bastidores do poder, Sarney tornou-se conselheiro de
Temer. Nas últimas 24 horas de agruras do ainda presidente, Sarney foi
consultado sobre a situação e que atitude deveria ser adotada por Temer.
Aconselhou o enfrentamento e nada de renúncia. E assim fez Temer. Disse que
nada teme e que fica. Ninguém sabe até quando.
Sarney acredita que a poeira vai baixar e tudo retornará à normalidade. Acho que ele ainda não ouviu as vozes das ruas. Os protestos começam a tomar conta do país. Ele não leva em conta, ainda, o esfacelamento da base de apoio do governo no Congresso. A bomba JBS minou essa base, que está rachada. Partidos aliados já abandonam o barco. Aliados já se afastam do governo e ministros renunciam. A situação é de ingovernabilidade. Mas Sarney só pensa nele e em seu grupo.
Com a delação bombástica da JBS, a sobrevivência política do grupo Sarney
está ameaçada. Era com o caixa do governo Temer que Roseana sonhava turbinar
sua pretensa candidatura ao governo do Maranhão. Com Temer defenestrado, o
sonho da ex-governadora vira pesadelo. Sem a força do dinheiro público ou
de empresários amigos, dificilmente conseguirá voltar ao poder no Maranhão.
A derrocada de Temer será, portanto, o ocaso da oligarquia do Maranhão. Sem
o comando do Palácio dos Leões e com a perda dos cofres do Planalto,
dificilmente se soerguerá. No máximo, os integrantes do clã conseguirão
mandatos na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa. A retomada do Palácio
dos Leões é carta fora do baralho.
A delação da JBS foi um golpe certeiro nas pretensões da oligarquia.
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