O
peemedebista foi condenado por falsificação de documento e dispensa de
licitação em 2002 para construção de uma creche, quando era prefeito de Três
Rios (RJ)
Igor Gadelha, Fábio Serapião, Breno
Pires, Isadora Peron e Luiz Vassallo
O deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ)
foi preso no início da tarde desta terça-feira no Aeroporto Internacional
Juscelino Kubitschek, em Brasília, logo após sair do avião. A prisão foi
presenciada por pelo menos outros dois deputados que estavam no mesmo voo: Jandira
Feghali (PC do B-RJ) e Wadih Damous (PT-RJ).
Jacob estava no voo 6232, da Avianca,
que partiu do Rio às 11h10 e pousou na capital federal às 12h39. Logo que a
aeronave estacionou, uma das comissárias de bordo pediu que o peemedebista se
identificasse, pois os agentes da Polícia Federal o esperavam. Segundo relatos,
os agentes não vestiam coletes da PF e usavam apenas crachás de identificação.
Após saber da prisão pela PF, o
parlamentar fluminense ligou para o advogado. De acordo com relatos, Jacob não
foi algemado pelos policiais. Da porta do avião, os agentes da PF conduziram o
peemedebista para o gabinete da Polícia Federal no aeroporto.
A pena ao parlamentar, determinada pela
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) é de 7 anos e 2 meses de
prisão. O peemedebista foi condenado por falsificação de documento e dispensa
de licitação em 2002 para construção de uma creche, quando era prefeito de Três
Rios (RJ).
De acordo com a denúncia, a prefeitura
de Três Rios realizou licitação e procedeu à contratação para a construção de
uma creche no município em 2002. Como a empresa vencedora da licitação
abandonou a obra sem concluí-la, em 2003, o prefeito decretou estado de
emergência, alegando deterioração de patrimônio público para justificar a
contratação sem licitação da Construtora e Incorporadora Mil, que havia sido
desclassificada na licitação inicial. Segundo o Ministério Público Federal,
porém, o estado de emergência foi falsamente declarado para, indevidamente,
justificar a dispensa de licitação.
A prisão repercutiu no grupo da bancada
do PMDB na Câmara. Segundo relatos, outros peemedebistas questionaram se Jacob
poderia ter sido preso no exercício do mandato. Houve ainda quem fizesse alerta
de que a PF poderia estar participando do grupo, por meio do celular de Jacob.
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