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Ricardo Murad e Antônio Aragão, do Idac |
A decisão da juíza Claudia Giusti sobre a 4ª fase da Operação Sermão
aos Peixes revelou alguns detalhes importantes sobre o modus operandi da ONG
Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC), que prestava serviços
à Saúde do Maranhão a partir da gestão Ricardo Murad. Um dos detalhes é a
fotocópia de um cheque mostrando que um dos diretores da ONG sacou R$ 200 mil
em dinheiro vivo às vésperas das eleições de 2014. Mais precisamente no dia 19
de agosto de 2014.
A contratação do Instituto foi feita na época pelo ex-secretário de
Saúde, Ricardo Murad, durante o governo Roseana Sarney (PMDB). De acordo com as
investigações, os desvios foram efetuados para garantir o enriquecimento
ilícito e financiamento de campanha de apoiadores dos diretores do instituto,
comandado pelo presidente do PSDC maranhense, Antônio Aragão.
Segundo a Justiça, o funcionário do IDAC, Valterleno Silva Reis - que
foi preso pela PF com R$ 70 mil em espécie - no dia 19 de agosto de 2014, a
pouco mais de um mês do dia das eleições daquele ano, sacou em seu nome R$ 200
mil. No entanto, o inquérito aponta que Valterleno figurou apenas como
"testa de ferro" da transação, na tentativa de ocultar os reais
beneficiários dos desvios.
Ainda de acordo com as investigações, um dia antes do dinheiro ser
sacado, outro funcionário do IDAC preso na Sermão aos Peixes, Bruno Baby
Monteiro, fez um pedido de provisionamento do valores para serem sacados em
espécie, o que se configurou como o primeiro passo para o desvio de recursos
públicos durante as eleições.
Confira trechos da decisão da juíza e cópia do cheque
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