O
que o jornal do clã Sarney não revelou é que, antes dos aumentos determinado
por Temer, o Sistema de Levantamento de Preços da ANP apontava que o valor da
gasolina na capital maranhense, São Luís, estava entre os sete menores do país.
Em todo o país, a gasolina teve na
semana passada a maior alta desde que a Agência Nacional do Petróleo (ANP)
passou a fazer o levantamento semanal de preços, em 2004. O grande vilão para o
reajuste do preço foi o repasse do aumento dos impostos Pis/Cofins sobre
combustíveis determinado pelo governo Michel Temer (PMDB). Apesar do aumento
dos impostos federais terem sido amplamente repercutidos na imprensa nacional,
a mídia maranhense ligada ao grupo Sarney tenta jogar a culpa no governo do
Maranhão pelo aumento da gasolina nos postos maranhenses.
Na verdade, a elevação dos impostos foi
a maneira mais impopular encontrada por Temer para tentar tapar o rombo no
orçamento federal. Seguindo as orientações do oligarca José Sarney, seu
principal conselheiro, Temer teria atuado para comprar votos de deputados
contra a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o
acusa de corrupção passiva com base nas delações da JBS.
O presidente liberou apenas no mês
passado R$ 2,11 bilhões em emendas parlamentares e após a manobra não vem
conseguindo equilibrar as contas púbicas. Quem efetivamente está pagando por
esse rombo é o consumidor, que já sente no bolso o aumento no preço dos
combustíveis.
Edição desta quarta-feira (2) do jornal
O Estado do Maranhão, um dos principais veículos de comunicação da família
Sarney, associou tendenciosamente em sua reportagem de capa a alta no preço dos
combustíveis no Maranhão ao reajuste na alíquota do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) no Maranhão. A alteração foi proposta pelo
governo do Maranhão no início do ano e aprovado pela Assembleia Legislativa do
Maranhão (AL-MA). Na época, o aumento do ICMS foi contestado essencialmente por
empresários ligados ao grupo Sarney no Maranhão. Com a medida, a gestão
estadual sinalizou maior capacidade de investimentos, além da garantia de
repasses aos municípios profundamente impactados pela crise e proteção aos
cidadãos com menor capacidade contributiva.
O que o jornal do clã Sarney não revelou
é que, antes dos aumentos determinado por Temer, o Sistema de Levantamento de
Preços da ANP apontava que o valor da gasolina na capital maranhense, São Luís,
estava entre os sete menores do país. Pesquisa semanal realizada pela agência
entre os dias 18 e 24 de junho, revelou que a média cobrada no Maranhão foi de
R$ 3,48. O preço estava abaixo da média nacional, que era de R$ 3,54.
Já o último levantamento semanal
divulgado pela ANP e realizado entre os dias 23 e 29 de julho, aponta que São
Luís ainda apresenta uma média de preço da gasolina bem abaixo da média de
outras capitais e até mesmo aquém da que era cobrada nacionalmente antes do
reajuste.
Atualmente em São Luís o preço médio do
litro de gasolina é de R$ 3,47, enquanto em Salvador o preço do combustível
subiu para R$ 4,04, em Recife para R$ 3,65 e no Rio de Janeiro para R$ 4,12.
Mas esses dados a mídia do grupo Sarney faz questão de ocultar.
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