Denúncia contra o líder do governo e
contra o empresário Jorge Gerdau foi apresentada pela PGR em agosto. Na
decisão, Fachin arquiva o processo contra os deputados Alfredo Kaefer e Jorge
Côrte Real.
Por G1, Brasília
O ministro Edson Fachin, do Supremo
Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da denúncia contra o senador Romero
Jucá e contra o empresário Jorge Gerdau, presidente do Conselho de
Administração do Grupo Gerdau.
Os dois foram denunciados pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e ativa e por
lavagem de dinheiro.
A denúncia refere-se a crimes na
Operação Zelotes, que apura fraudes no Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais (Carf), o tribunal de recursos da Receita Federal.
Em decisão assinada na quarta-feira (6),
o ministro Fachin ainda deu 15 dias para que Jucá e Gerdau se manifestem sobre
o pedido da Procuradoria-Geral da República.
As investigações
As investigações da Polícia Federal
apontam que em 2013, enquanto líder do governo no Senado, Jucá teria alterado
uma medida provisória para beneficiar o grupo Gerdau. À época, o senador era
relator de proposta que mudava a tributação sobre o lucro de empresas
brasileiras fora do país.
Quando o inquérito no STF foi aberto, em
novembro do ano passado, Jucá negou ter recebido recursos para atuar em
benefício de empresas.
"O senador Romero Jucá nega que
tenha recebido recursos para beneficiar empresas por meio de medidas
provisórias. Em relação a uma acusação específica, o senador anunciou em
plenário o veto a uma emenda que supostamente teria sido comprada. Em outra, o
próprio acusador do senador já desmentiu a informação e disse que não pagou
nenhum valor ao senador", disse, em nota.
Na decisão desta quarta-feira, Fachin
arquivou os processos contra os deputados Alfredo Kaefer (PSL-PR) e Jorge Côrte
Real (PTB-PE), relacionados à mesma investigação. O arquivamento foi solicitado
pela própria PGR.
Nenhum comentário:
Postar um comentário