Rádio Voz do Maranhão

sábado, 30 de setembro de 2017

Sarney Filho e Adriano Sarney estão na mira da PGR por suspeita de uso de helicóptero pago por Roseana em 2014

Sarney Filho e Adriano Sarney: suspeitas, indícios e tradição familiar no uso do dinheiro público

do Blog do Raimundo Garrone
Embora possa parecer café pequeno diante das suspeitas de desvios bilionários de recursos públicos reveladas pela Operação Lava Jato, a denúncia encaminhada para Procuradora-Geral da República contra o deputado federal licenciado e ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), e o seu filho, deputado estadual, Adriano Sarney (PV), acusados de fazer a campanha eleitoral de 2014 a bordo de um helicóptero custeado por dinheiro do contribuinte maranhense, é de uma gravidade sem tamanho.

A não distinção entre o público e o privado é o princípio da corrupção; que abre a porta para todo o tipo de falcatrua e permite ao ladrão não se considerar um ladrão.

É um mal que deve ser cortado pela raiz!

É neste sentido que a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tem no mínimo o dever de solicitar ao Supremo Tribunal Federal autorização para abrir inquérito e investigar os indícios de crimes praticados pelo pai ministro e o filho deputado contra o Tesouro estadual.
 
      Cópia do ofício encaminhando relatório para que a Procuradoria-Geral da República investigue os indícios de crimes supostamente praticados pelo ministro Sarney Filho
A denúncia encaminhada à PGR é parte do Processo de Investigação Preliminar instaurado na Corregedoria Geral do Estado, no âmbito da Secretaria de Transparência e Controle, e narra com documentos e fotos a extrema coincidência entre os voos da PMR, empresa contratada pela Secretaria de Meio Ambiente, durante o governo Roseana Sarney, e a agenda de campanha do irmão e do sobrinho da chefe maior, respectivamente, no interior do Estado, conforme publicações nas suas páginas nas redes sociais.
O voo realizado em 27 de agosto de 2014, para a cidade de São Vicente de Férrer/MA “coincide” com a agenda de campanha do   Deputado Estadual Adriano Sarney e do Deputado Federal Sarney Filho, no município
O relatório da PIP foi protocolado em 23 de agosto, a vinte e cinco dias do término do mandato de Rodrigo Janot, na Procuradoria-Geral da República, por força do foro especial do ministro Sarney Filho. Em consulta ao portal da PGR não foi encontrado registro do recebimento ou tramitação do documento, não revelando se houve algum encaminhamento para o caso ou se ele está esquecido em alguma gaveta subterrânea da envidraçada sede da procuradoria no Planalto Central.

A abertura de um inquérito criminal autorizado pelo STF permitirá a produção de provas relevantes, como a extraída da quebra dos sigilos telefônicos para apurar se nos dias ou vésperas dos voos contratados e pagos com recursos estaduais os sarneys mantiveram contatos com algum servidor da SEMA, representante da PMR ou mesmo com seus pilotos, e assim reafirmar ou por em dúvidas as indicações de crimes de peculato e enriquecimento ilícito cometidos por pai e filho durante a campanha eleitoral de 2014.
O voo realizado em 15 de agostode 2014, para a cidade de Barreirinhas/MA compatível com a agenda de campanha do Deputado Federal Sarney Filho
E até mesmo proporcionar a coleta dos depoimentos do ministro e do deputado, dando-lhes o direito ao contraditório e a ampla defesa.

No entanto, a Comissão de Investigação conseguiu reunir provas que evidenciam indícios de prática de diversos atos ilícitos, na seara administrativa disciplinar, cível por improbidade administrativa e criminal, resultando em prejuízo aos cofres públicos de R$ 143.900,00.

Os rastros são vários e demonstram a provável rota da ilegalidade traçada durante as campanhas de Sarney Filho que buscava o nono mandato de deputado federal, e de Adriano Sarney, que disputava o seu primeiro mandato de deputado estadual.

Um comentário:

  1. Eu não tenho desgosto desta gente, tenho desgosto do povo que, mesmo sabendo que esses aí ficaram milionários às custas do dinheiro do povo, mesmo assim ainda votam neles.

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