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Sarney disse que levou um susto ao ler a notícia |
O ex-presidente José Sarney disse nesta
quarta-feira (18) que levou um susto ao tomar conhecimento, na coluna do
Cláudio Humberto, da decisão de um sobrinho de dona Marly de vender por R$ 37
milhões 12,5% de três ilhas no litoral de São Luís. Sarney informou que o
parente da ex-primeira-dama pretende, na verdade, que a família compre a parte
dele, correspondente a dois milhões de metros quadrados.
“É uma espécie de chantagem”, diz o
ex-presidente, segundo a coluna do Cláudio Humberto, que acrescenta esta informação:
o ex-presidente garante que o imóvel não vale os R$37 milhões. “Acho que por
metade disso, o pessoal aqui vende as três ilhas”, ironizou. Sarney diz que o
sobrinho de dona Marly, Gustavo Macieira, “sempre foi problemático”. E “ele
pensa que temos dinheiro para comprar a área”. As ilhas Curupu, Mogijana e De
Fora ou Corimã pertencem à família de dona Marly há várias gerações, desde a
bisavó da ex-primeira-dama.
A notícia sobre a venda, por R$ 37
milhões, de 12,5% de três ilhas da família Sarney, em São Luís, foi manchete da
edição do Jornal Pequeno desta quarta-feira, com base em nota publicada na
coluna do Cláudio Humberto. Segundo ele, as ilhas Curupu (onde Sarney e filhos
têm casas), Mogijana e De Fora ou Corimã foram avaliadas em R$ 200 milhões.
No município de Raposa, 20 quilômetros a
nordeste de São Luís, a ilha de Curupu é conhecida como um dos símbolos do
poderio econômico da família Sarney. No lado sul da ilha, duas mansões servem
de abrigo para o clã maranhense e seus convidados vips. Na face norte, um
povoado conhecido como Canto, formado por 30 famílias de remanescentes do
local, ainda vive como seus antepassados. Com a permissão do ex-presidente e
ex-senador José Sarney (PMDB), a comunidade simples reside ali em casebres de
madeira, cobertas de palha ou de telhas de amianto. Os moradores alegam que não
têm permissão para construir casas de alvenaria.
Em meados de 2011, Gustavo da Rocha
Macieira, filho de Cláudio Macieira – já falecido -, irmão de dona Marly
Macieira Sarney, esposa do ex-senador, decidiu oferecer, por cerca de R$ 20
milhões, os 12,5% que possui da ilha. Em dezembro de 2011 ele chegou a publicar
anúncios em jornais, contratou uma imobiliária para cuidar da venda e iniciou
uma negociação com um grupo português. Segundo Gustavo, este e outros
compradores desistiram da compra ao saber que se tratava de um imóvel da
família Sarney.
A imobiliária Alzira, que ele contratou
em São Luís, não conseguiu publicar o anúncio da venda no jornal O Estado do
Maranhão – de propriedade da família Sarney – e, com medo de “retaliação”,
preferiu desfazer o contrato com o sobrinho do ex-senador.
Na ilha de Curupu a paisagem é como uma
miniatura dos lençóis maranhenses, em frente à sede do município de Raposa,
cidade construída por imigrantes cearenses exilados pela seca da década de 1930
e que ocupa o 3.561.º lugar entre as 5.565 cidades brasileiras no Índice de
Desenvolvimento Humano. A água que abastece os casebres da colônia de
pescadores tem alto nível de salinidade.
Informações do Blog O Informante
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