Depoimento
do delegado Tiago Bardal na Seccor está marcado para ser feito nesta
terça-feira (27). Ele está preso na Casa de Custódia, na Cidade Operária.
A Superintendência de Combate à
Corrupção (Seccor) vai abrir três procedimentos para investigar a suposta
participação do delegado Tiago Bardal em um esquema de contrabando
internacional de mercadorias. Um dos procedimentos tem relação com uma
apreensão com uma carga de cigarros em agosto de 2017. O depoimento do delegado
está marcado para ser feito nesta terça-feira (27).
Segundo a investigação em curso,
comandada pela Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), esta carga
não teve destino revelado e teria sido interceptada pelo delegado Tiago Bardal.
De acordo com a própria polícia, o proprietário da carga foi alvo de extorsão
do delegado no valor de R$ 100 mil.
A carga com aproximadamente 150 caixa de
cigarros foi apreendida em um comércio da Cidade Operária, em São Luís. O
comerciante foi preso no momento da apreensão. Em depoimento, o comerciante
disse que quando o material chegou na Seic, o delegado Bardal trancou-se com
ele em seu gabinete e teria pedido R$ 150 mil para ‘acabar com tudo’. O
comerciante disse que não tinha esse dinheiro, sendo o valor, então, reduzido
para R$ 100 mil. Ele daria uma parte, como de fato o fez, e parcelaria o
restante.
O dono do comércio confirmou todas as
informações em seu depoimento, afirmando que não teve mais como pagar as
parcelas e acabou encerrando seu negócio. A carga sumiu.
O delegado está preso na Casa de
Custódia, que fica anexo à Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop), onde
policiais civis que respondem a situações contra a lei ficam. A defesa de
Bardal chegou a pedir habeas corpus, mas não teve resposta positiva da Justiça.
O depoimento estava marcado para
segunda, mas a SSP informou que não foi possível, pois representantes da
Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adepol) estavam na cela do delegado
no momento da chegada dos agentes e o delegado teria se recusado a prestar
depoimento por conta disto.
A Secretaria da Segurança abriu
procedimento para apurar ‘conduta irregular’ de dirigentes da Adepol, inclusive
do presidente da entidade, delegado Marcone Lima, que apoiaram a decisão de
Bardal de não acompanhar policiais civis.
Com informações do G1 Maranhão e de O
Informante
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