O corpo da maranhense Maria Regina
Araújo, de 44 anos, assassinada com mais de 20 facadas pelo marido no Distrito
Federal será sepultado por volta de 10h da manhã desta quarta-feira (29) no
cemitério do Tibiri, na Zona Rural de São Luís.
O corpo de Maria Regina chegou em São
Luís por volta de 15h desta terça-feira (28) e está sendo velado na Rua Nossa
Senhora do Carmo, no bairro Coroadinho, nas proximidades da feira.
O velório de Maria Regina Araújo está sendo realizado na Rua Nossa Senhor do Carmo, no Coroadinho |
O crime ocorreu por volta de 20h30 do último domingo (26) dentro residência da vítima, na Quadra 1, Conjunto B na Fazendinha, em Itapoã, no Distrito Federal, na presença de uma filha de 8 anos, e foi praticado por Eduardo Gonçalves de Sousa, que continua foragido. Os dois moravam juntos há 12 anos, mas a vítima havia decidido pela separação.
De acordo com informações de um dos
filhos de Maria Araújo, que estava na casa de um vizinho no momento do crime, o
assassino resolveu fazer um churrasco e convidou amigos da família. Quando
todos já haviam saído, ele resolveu praticar o crime, que teria sido premeditado,
golpeando Maria Araújo pelas costas, sem nenhuma chance de defesa, na presença
da filha do casal.
Eduardo Gonçalves de Sousa, o assassino, continua foragido |
Um dos filhos, de 22 anos, ainda chegou
a travar luta corporal com o assassino que continuava com a faca em punho e
ameaçou matá-lo também. O outro, de 19 anos, ainda o agarrou na saída,
juntamente com outras pessoas, mas o criminoso conseguiu escapar e se embrenhou
em uma mata localizada na região.
O
assassino chegou a pedir R$ 10 mil para sair de casa
Segundo relato de familiares de Maria
Regina, ela já vinha tentando se separar de Eduardo Sousa por causa dos
constantes desentendimentos e agressões verbais. Um dos filhos disse que nunca
havia presenciado algum tipo de agressão física, apenas ameaças verbais.
O assassino chegou a pedir R$ 10 mil
para deixar a casa da vítima. Depois de muito esforço, ela conseguiu a quantia
exigida, mas, no momento em que foi fazer a entrega, ele desistiu e disse que
preferia continuar morando com Maria Regina.
Medida
protetiva negada
Dez dias antes de morrer Maria Regina
Araújo, denunciou Eduardo Sousa à polícia. A vítima teve o pedido de medida
protetiva negado pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
do Paranoá.
A decisão foi da juíza substituta
Eugênia Christina Bergamo Albernaz, dia 16 de agosto. A magistrada destacou que
Maria Regina afirmou viver uma relação conturbada com Eduardo. “A requerente
relata não ter um relacionamento amistoso com o atual companheiro, em razão das
constantes brigas do casal, ao longo dos 12 anos de relacionamento, motivo pelo
qual teria sido supostamente injuriada e ameaçada pelo requerido, em 12 de
agosto de 2018”, pontuou.
A juíza assinalou, porém, que não
vislumbrava, em um primeiro momento, “iminente prejuízo à vítima (…), uma vez
que, considerando a narrativa dos fatos, infere-se que o objeto do conflito
entre as partes está relacionado à eventual separação ou dissolução de união
estável, devido ao desgaste do convívio matrimonial, que devem ser
judicializadas perante o juízo competente (Vara de Família), não incidindo,
assim, as circunstâncias que autorizam a aplicação da Lei nº 11.340/2006 (Maria
da Penha)”, completou.
Ainda segundo o despacho, a juíza alegou
não haver elementos probatórios com relação à denúncia feita pela vítima.
Eugênia Albernaz lembrou que ficou clara a vontade da mulher de separar-se do
companheiro.
Ao indeferir o pedido, a magistrada
determinou que a vítima fosse orientada a procurar um advogado, a Defensoria
Pública ou núcleo de assistência judiciária gratuito mais próximo de sua
residência para que se informasse acerca das condições do divórcio ou
reconhecimento e dissolução de união estável.
Bom dia a todos, bom dia a você, Gilberto, e quero deixar minha solidariedade à família da Regina e dizer que, entre tantos casos que acontecem, esse também me chocou. fiquei muito triste com o que aconteceu a essa jovem mulher, preocupado com a garotinha, que presenciou uma cena lamentável e com a falta de sensibilidade da juíza, que apesar do pedido de proteção feito pela vítima, não houve a sensibilidade da magistrada, também mulher!O que falta acontecer, pra que o Código penal mude, que a lei possa de fato ser cumprida? Os defensores dos Direitos Humanos, pregam a "não violência", lucram com essas tragedias, defendem esses bandidos e não aceitam a prisão perpétua (não digo nem a pena de morte, pra crimes hediondos, como esse). Li que quase todas as estocadas foram pelas costas, o que demonstra a atitude covarde desse ser inominável...infelizmente sei que a justiça de fato, será feita através da lei dos presos, que não aceitam crimes desse tipo. Lamentável, num país já tão desacreditado internacionalmente, onde as leis são uma piada internacional, onde o crime compensa e as autoridades contribuem pra que atos assim se alastrem a todo momento.
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