Do UOL, em São Paulo
O governador reeleito do Maranhão,
Flávio Dino (PCdoB), fez uma análise de como o nordestino votou na eleição
presidencial. Na visão dele, o resultado nas urnas mostrou a preocupação das
pessoas da região com temas relacionados à justiça social.
"Em relação ao Nordeste, houve uma
definição clara, madura acerca de uma visão sobre o desenvolvimento do Brasil.
Há, infelizmente, daqui e de acolá, um ou outro mais exaltado do pensamento de
direita no país que diz assim: 'O nordestino não sabe votar'. A uniformidade, a
homogeneidade desse voto mostra que, ao contrário, há muita convicção em
relação a uma visão de desenvolvimento que seja inclusiva e que leva em conta a
temática da justiça social, dos serviços públicos e o papel dos investimentos
públicos", disse ao UOL Dino, que atuou por 12 anos como juiz federal ao
presidir a Associação Nacional de Juízes Federais (Ajufe) antes de se filiar ao
PCdoB.
O governador fez uma comparação da
eleição que resultou na vitória de Jair Bolsonaro (PSL), com o pleito de 1989,
que teve o triunfo de Fernando Collor de Mello sobre Lula (PT).
"Lembremos do que foi o Collor e no
que resultou. Também foi um voto antissistema, também foi um voto derivado de
um presidente fraco. Outrora o Sarney, hoje o Michel Temer. E muito rapidamente
houve a identificação que aquilo que seria antissistema, na verdade, era parte
integrante desse sistema. Eu acho que o prognóstico dessa natureza, como este
que faço agora, autoriza a supor que muito rapidamente as coisas devem voltar
ao leito natural e, com isso, é preciso que neste momento as forças políticas
principais do país, e eu nomino muito especialmente o PT e o PSDB estejam aptos
a ocupar esse papel que será demandado dessas forças, logo adiante quando
houver uma paralisação e muita confusão no país, uma agudização da crise
econômica e da crise política vai gerar muita confusão."
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