O cabo da PM assassinado era um dos
líderes do movimento Policiais Antifascismo no Estado
A comissão formada por quatro delegados
da Divisão de Homicídios que investiga o assassinato do soldado da Polícia
Militar João Maria Figueiredo, ocorrido na sexta-feira (21), acredita que ele
foi executado.
Segundo um dos delegados do grupo que
pediu pra não ser identificado, o latrocínio (roubo seguido de morte), primeira
hipótese levantada, está praticamente descartado pela equipe:
– A principio é um homicídio. Não
consigo enxergar latrocínio. Deixaram a motocicleta, tinha dinheiro com ele
também. Tudo bem que seria fácil de rastrear a moto e ficava difícil tirar o
dinheiro dele. Mas tudo indica que foi homicídio, execução. O local era uma das
rotas que ele fazia para chegar em casa.
A polícia já ouviu familiares da vítima
e sabe que pelo menos duas pessoas participaram do crime. Questionado se a
hipótese de motivação política estava sendo investigada, o delegado afirmou que
ainda era cedo para afirmar:
– Fizemos a investigação preliminar no
dia do crime, já ouvimos alguns familiares. Há informações que também não
podemos repassar para não atrapalhar o andamento da investigação.
O soldado da PM assassinado era um dos
líderes do movimento Policiais Antifascismo no Estado e trabalhou como
voluntário na equipe de segurança da campanha eleitoral da governadora eleita
Fátima Bezerra, que divulgou nota de pesar lamentando o crime e cobrando
apuração e punição dos assassinos.
Figueiredo foi assassinado com cinco
tiros, por volta das 17h da sexta-feira (21), numa estrada carroçável por trás
do motel Ele&Ela, já no limite de São Gonçalo do Amarante, região da Grande
Natal. Os assassinos levaram a arma e o telefone celular da vítima.
Dos cinco projéteis encontrados no corpo
de Figueiredo, três acertaram o lado direito, um o lado esquerdo próximo à
boca, e um disparo acertou o ombro do policial militar.
A agência Saiba Mais apurou com uma
fonte que as munições dos projéteis encontrados são de calibre .40, de uso
exclusivo das polícias, o que não significa que o assassino seja um policial.
Isso porque algumas armas roubadas de policiais assassinados têm sido usadas
por bandidos para cometer outros crimes no Estado.
João Maria Figueiredo foi o 26ª policial
assassinado em 2018 no Rio Grande do Norte.
A comissão da Divisão de Homicídios tem,
no mínimo, 30 dias para concluir a investigação e remeter o caso à Justiça. O
tempo, no entanto, pode ser prorrogado.
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