“Aos
poucos, estamos conseguindo transformar em melhoria de vida as riquezas que o
Maranhão produz, evitando que elas se percam na concentração nas mãos de
poucos, que é o maior problema brasileiro: a obscena desigualdade”, diz o
governador
Natal
da Fraternidade
Por Flávio Dino
Nesses 4 anos de governo, que agora se
encerram, procurei sempre plantar sementes de solidariedade com o próximo,
valor cada vez menos cultivado nos dias de hoje, em que para alguns impera o
“cada um por si”.
Neste Natal, a que mais uma vez
chegamos, temos tempo para reflexão sobre nossos valores. Em um ano em que se
pregou tanto a intolerância com os diferentes e a indiferença com os mais
pobres é essencial olharmos o exemplo de Cristo. Em várias passagens da Bíblia,
Jesus pregou para pessoas discriminadas e agredidas moralmente e até
fisicamente.
Perguntando pelos seus discípulos sobre
qual era o maior dos mandamentos, Jesus respondeu que toda a Lei divina
baseava-se em dois fundamentos: “Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo
como a ti mesmo” (Mateus, 22). Ensinamento que o Papa Francisco traduz como “os
verdadeiros tesouros da vida: Deus e o próximo.” O Papa nos convida a “subir
até Deus e descer até os irmãos: eis a rota indicada por Jesus”.
Solidariedade, justiça e paz são valores
que coexistem em harmonia no cristianismo. Daí a sapiência das palavras
bíblicas quando o profeta Isaías (32,16) lembra que “o direito habitará no
deserto e a justiça viverá no campo fértil”. Ou seja, mesmo no deserto, onde
não há nada, há de caber a cada um o que lhe é de direito. E no campo, onde há
fartura, os frutos devem ser distribuídos de forma justa. Pois “o fruto da
justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz” (Tiago 3,18).
No meu cotidiano, busco fazer dessa fé a
inspiração maior para minha vivência. Trabalho todos os dias para construir um
Maranhão melhor, com justiça e dignidade que garantam os direitos de todos,
especialmente dos que menos têm. A construção dessa nova realidade é árdua,
pois partimos de um patamar muito baixo, fruto de décadas de egoísmo presidindo
o poder político.
Aos poucos, estamos conseguindo
transformar em melhoria de vida as riquezas que o Maranhão produz, evitando que
elas se percam na concentração nas mãos de poucos, que é o maior problema
brasileiro: a obscena desigualdade. Essa é a herança anticristã sobre a qual
devemos meditar e orar. E contra a qual devemos lutar, para encontrar a paz.
Neste final de ano, olhando para trás,
tenho profunda gratidão, em primeiro lugar a Deus. Mas também sou muito grato a
todos que me deram a alegria de governar o nosso Estado por 4 anos. E que agora
renovaram as suas confianças. Agradeço aos que me ajudam nessa tarefa
cotidiana, especialmente à equipe de governo e aos milhares de servidores
públicos.
Feliz Natal a todos.
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