"Depois
de empossado, um processo rápido de impeachment de Jair Bolsonaro, assumindo o
vice-presidente Mourão" seria a primeira hipótese; a segunda, "mais
provável, ter-se-á um Jair sem os filhos. E, sem os filhos, Jair Bolsonaro é
apenas uma figura frágil.
O jornalista Luis Nassif publicou no
Jornal GGN a cronologia dos fatos que levou ao escândalo do Bolsogate, desde a
Operação Cadeia Velha, que levou à prisão vários deputados estaduais do Rio de
Janeiro em novembro de 2017, e prevê "uma de duas possíveis consequências"
após o caso vir à tona.
Ele ressalta que o relatório da COAF
teve duas funções. Enquanto oculto, não comprometeu a eleição de Jair. Depois
de eleito, ajudará a excluir a família presidencial do processo decisório. O
jogo político-jurídico extrapolou o combate ao PT e entrou de cabeça nas
disputas pelo poder. O bate-pronto do general Mourão, exigindo explicações do
motorista e do filho, não deixam espaço para dúvidas.
A única dúvida é se, o fato de ter vindo
à tona antes da posse de Bolsonaro, foi fruto de um vazamento não planejado ou
se foi necessário antecipar a denúncia para conter a fome dos rapazes.
Haverá uma de duas possíveis
consequências.
1. Depois de empossado, um processo rápido
de impeachment de Jair Bolsonaro, assumindo o vice-presidente Mourão.
2. Mais provável, ter-se-á um Jair sem os
filhos. E, sem os filhos, Jair Bolsonaro é apenas uma figura frágil, facilmente
controlável por patentes superiores. Terá papel meramente decorativo, e com as
rédeas do governo transferidas definitivamente para os ministros militares.
Consolida-se, de forma nítida agora, a
aliança entre os setores militares e o juiz Sérgio Moro. E, nesse ponto,
torna-se inexplicável a falta de reação da Febraban, da OAB e das instituições
em geral ao projeto de transferir o COAF do Ministério da Fazenda para o da
Justiça. Não se trata de uma mera movimentação burocrática, mas do capítulo
mais grave de transformação do país em um estado policial.
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