Operação
foi deflagrada em sete municípios depois de investigação que apontou
organização criminosa em com membros dentro de agências no interior do
Maranhão.
A
PF revelou que a forma de agir dos criminosos sempre envolvia um servidor com
acessos ilimitados na agência, como o gerente.
A Polícia Federal deflagrou a operação
“Hermes e o Gado II”, na manhã desta quinta-feira (13), contra servidores dos
Correios, que furtaram dinheiro do Banco Postal em agências nos municípios Pio
XII, São Luís Gonzaga, Matões do Norte, Urbano Santos, São Benedito do Rio
Preto, Monção e Miranda do Norte, todas no interior do Maranhão. Somados os
furtos as agências superam R$ 1 milhão.
A operação contou com o apoio da
Superintendência dos Correios no Maranhão e chegou ainda a crimes como fraudes
em benefícios do Bolsa Família e previdenciários.
Os policiais prenderam cinco pessoas,
sendo quatro por mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária, além
de cumprir 11 mandados de busca e apreensão nos municípios São Luís, Itapecuru,
Imperatriz, Bacabal, Santa Inês e Santa Luzia e Redenção, este no Pará. Com os
investigados, a polícia encontrou ainda drogas e R$ 6 mil, que foram
apreendidos.
Segundo investigações da Polícia
Federal, em Pio XII, houve relação direta entre os crimes contra a agência e
ações de uma facção criminosa com atuação em boa parte do Maranhão.
“Foi identificado, notadamente no
município de Pio XII, o envolvimento de pessoas ligadas a uma organização
criminosa (Orcrim) que se intitula Bonde dos 40. Os desfalques à agência dos
Correios da cidade foram utilizados como forma de capitalizar a organização
criminosa”, diz a PF em nota.
A Polícia Federal revelou que a forma de
agir dos criminosos sempre envolvia um servidor com acessos ilimitados na
agência, como o gerente. Ou ele furtava direto do cofre da agência ou
facilitaria para a ação de outros.
Em algumas situações, a PF identificou
que a maioria do dinheiro foi retirado do cofre ficando uma pequena quantia.
Desta forma, com o desfalque na agência, a informação passada pelo servidor dos
Correios ao sistema bancário era forma superficial e dava conta de que o cofre
estaria “cheio”. Depois disto, um assalto era planejado e no fim das contas, a
ideia que se passava era que no assalto, todo o dinheiro do cofre havia sido
levado.
Além dessa forma de desfalque do
dinheiro público, a PF identificou também a ativação de cartões de benefícios
do Bolsa Família e previdenciários feito pelos servidores dos Correios. Segundo
os investigadores, “o gerente possuía acesso aos sistemas corporativos,
habilitava os cartões de benefício, até para pessoas mortas, o que
possibilitava a obtenção de empréstimos bancários com os documentos
esquentados”.
Participaram da operação, 60 policiais
federais Maranhão, Pará, Piauí e Ceará; policiais militares Batalhão de Choque
do Maranhão, com cães farejadores.
Com informações do G1 MA
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