As comunidades do Mato Grosso e
Coquilho, na zona rual de São Luís, farão, neste domingo (13), homenagens aos
três jovens executados a tiros na área do residencial Minha Casa, Minha Vida.
Pelas informações passadas ao blog, haverá
torneio de futebol beneficente no campo do Coquilho, nas proximidades do Anexo
do CEM São Cristóvão, a partir de 9h da manhã.
Por volta de 15h, está programada uma
passeata com objetivo de continuar cobrando justiça para que os responsáveis
pela chacina não fiquem na impunidade.
Segundo o poeta Paulo Roberto S. Lira,
morador da comunidade, o objetivo também é dar continuidade à arrecadação de
alimentos para as famílias dos três jovens.
“Sabemos que nada trará os meninos de
volta. Porém o que pudermos fazer para aliviar um pouco da dor dos
familiares, faremos”, disse Paulo Lira em contato com o blog.
Triplo
assassinato
Os jovens Gildean Castro Silva, de 14
anos, Gustavo Feitosa Monroe,18, e Joanderson da Silva Diniz, 17, foram
assassinados em uma região de mato no bairro Coquilho, zona rural de São Luís.
A princípio, segundo a polícia, todos foram mortos por arma de fogo com tiros
na nuca. A primeira suspeita é de que vigilantes de uma área de construção da
região teriam cometido o crime.
Os corpos de Gustavo Feitosa Monroe e Joanderson
da Silva Diniz foram enterrados na manhã de sábado (5) e Gildean Castro Silva
foi enterrado à tarde no cemitério que fica localizado na própria comunidade do
Coquilho.
PM preso
O policial militar Hamilton Caires Linhares
foi preso na manhã de segunda-feira (7) por suspeita de participação no triplo
homicídio dos três jovens na localidade Mato Grosso/Coquilho, na zona rural de
São Luís.
As primeiras investigações apontam que
os três jovens teriam sido perseguidos no interior do condomínio ‘Minha Casa,
Minha Vida’, pela equipe de vigilância do local. Segundo o delegado Lúcio
Rogério Reis, da Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP), as
vítimas teriam sido cercadas em uma área de matagal e um disparo teria sido
ouvido.
Os depoimentos das testemunhas afirmaram
que os jovens estavam indo para uma área de banho próximo ao condomínio. Não
existe comprovação eles teriam envolvimento com algum delito. Os mesmo estavam
desarmados e foram executados com as mãos na cabeça, além de serem observados
hematomas, que podem indicar tortura antes das execuções.
A equipe de vigilância do local já vinha
tendo uma série de conflitos com os moradores da região, que usavam as
dependências do condomínio para ter acesso ao mangue, de onde também tiravam
caranguejos.
Mais
dois PMs ouvidos
A Polícia Civil ouviu na quarta-feira
(9) o policial militar João Inaldo Corrêa Júnior pelo assassinato de três
jovens. O militar foi ouvido na Superintendência de Homicídios por ser o
suposto dono de uma arma usada para dar um tiro para cima no dia do crime. Após
o depoimento, o PM foi liberado.
Segundo a Polícia Civil, o PM Hamilton
Caires Linhares, que está preso, confessou que perseguiu os meninos e deu um
tiro para cima para assustá-los, mas negou a autoria do crime. Ele disse ainda
que perdeu a própria arma e que usou uma arma emprestada pelo PM João Inaldo.
Na terça (8), a polícia já tinha ouvido
o depoimento de outro PM identificado apenas como Leonardo, além de um agente
penitenciário. Eles faziam a vigilância armada de um condomínio em construção
na região, onde os meninos chegaram a ser vistos com vida um dia antes do
crime.
Atualmente, a principal linha de
investigação é de execução, principalmente pela forma como o corpo dos meninos
foram encontrados. A Polícia Civil também identificou o tipo de arma usada no
crime.
“Eles foram alvejados por uma arma de
uso restrito calibre .40 e até então nós investigamos se o autor desse delito
teve alguma colaboração. Como eram três adolescentes, acreditamos que seja
pouco provável que essa pessoa tenha participado sozinho do crime. Outras
pessoas devem ter cercado os meninos e uma só pessoa efetuou os disparos”,
informou o delegado Dilson Pires.
Obrigado caro amigo, Gilberto Lima por nos apoiar nesta luta.
ResponderExcluirUma luta pela solidariedade aos amigos membros da família que ainda choram a dor da perca de seus entes queridos. Assim como a luta por um pedido de justiça, para que ela realmente seja feita.