Na sentença em que determinou a prisão
preventiva do ex-presidente Michel Temer, o juiz federal Marcelo Bretas, da
Lava Jato do Rio de Janeiro, o classificou como chefe de quadrilha.
"Por sua posição hierárquica como
Vice-Presidente ou como Presidente da República do Brasil (até recente
31/12/2018), e a própria atitude de chancelar negociações do investigado LIMA o
qual seria, em suas próprias palavras, a pessoa 'apta a tratar de qualquer
tema', é convincente a conclusão ministerial de que MICHEL TEMER é o líder da
organização criminosa a que me referi, e o principal responsável pelos atos de
corrupção aqui descritos", escreve Bretas na sentença.
Michel Temer foi preso nesta
quinta-feira pela Polícia Federal no âmbito da operação Lava Jato por suspeita
de desvios de recursos nas obras da usina nuclear Angra 3, sendo apontado pelos
investigadores como líder de uma organização criminosa que praticou desvios e
recebeu propina, menos de três meses após ter deixado o Palácio de Planalto.
A prisão de Temer é preventiva e teve
como base a delação de José Antunes Sobrinho, dono da Engevix. O empresário
disse à Polícia Federal que pagou R$ 1 milhão em propina, a pedido do coronel João
Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o
conhecimento do presidente Michel Temer.
A Engevix fechou um contrato em um
projeto da usina de Angra 3. A investigação é um desdobramento das operações
Radioatividade, Pripyat e Irmandade.
Com informações do Brasil 247
Com informações do Brasil 247
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