Antônio
Alves Pereira e Maria dos Santos Gaudêncio estavam juntos há cerca de um ano.
O cabeleireiro Antônio Alves Pereira, 40
anos, suspeito de assinar a namorada Maria dos Santos Gaudêncio, 53 anos, no
Distrito Federal, foi preso pela Polícia Militar, na manhã deste sábado (23),
na cidade de Santa Quitéria, a 347 km de São Luís.
Uma denúncia anônima levou os policiais
até a cidade, onde ele estava escondido. Segundo informações, Antônio Alves,
após cometer o crime no Distrito Federal, fugiu para o Maranhão. O suspeito,
que é de Santa Quitéria, será entregue à Polícia Civil de Chapadinha.
O
Caso
As investigações do feminicídio de Maria
dos Santos Gaudêncio, de 53 anos, indicam que o crime foi premeditado. Ela foi
morta com uma facada na nuca dentro de casa, onde funcionava um comércio. O
corpo da vítima foi encontrado no quarto dela, noite de terça-feira (19), no
Itapoã, no Distrito Federal.
O principal suspeito é o cabeleireiro
Antônio Alves Pereira, com quem a vítima tinha um relacionamento. Ele estava
sendo procurado pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
Segundo a delegada-chefe da DP, Jane
Klebia, em depoimento, familiares e conhecidos da vítima afirmaram que Maria
estava tentando acabar o relacionamento com Antônio.
“Nas últimas semanas, ela queria
terminar o namoro. Por isso, o relacionamento estava meio conturbado, mas não
há relatos de violência física. No sábado (16), ele disse ao chefe que queria
‘matar alguém’. Contudo, o patrão entendeu que Antônio se referia a tirar a
própria vida”, explica.
O dono do salão pediu ao suspeito para
que parasse com aquilo. Mas, segundo a delegada, tentou até amenizar o clima
com uma brincadeira, dizendo que “se fosse para fazer isso, que fosse longe
dele para não dar problema.”
O cabeleireiro passou o fim do
expediente introspectivo e calado. Ao fim do sábado, o homem pediu um
adiantamento de salário ao chefe, alegando que um familiar havia falecido. No
entanto, conforme apuração dos agentes, a história não é verdadeira.
Durante o domingo (17), Maria e Antônio
foram para a casa da filha mais nova da vítima, de 25 anos.
Almoçaram e passaram a tarde em
Ceilândia. No começo da noite, a mulher foi para casa, na Quadra 2 da Chácara
Fazendinha, no Itapoã. O cabeleireiro foi até a casa do chefe pegar a chave do
salão, uma vez que vivia no estabelecimento, que também fica na região
administrativa.
“Ele voltou para a casa da vítima, onde
ocorreu o assassinato. Após o crime, foi embora levando o celular da Maria. Não
sabemos se ele foi ao salão antes ou depois do feminicídio, mas Antônio pegou a
chave para tirar todos os pertences do estabelecimento. Quando os agentes
chegaram ao local, não havia nenhum pertence dele”, garante Jane Klebia.
De acordo com relatos de vizinhos de
Maria, o homem foi embora da casa dela de bicicleta, por volta das 23h. Ele
trancou a casa e jogou a chave por debaixo do portão. Antônio também levou o
celular da vítima, que não foi encontrado.
Ainda segundo a delegada, o suspeito
teria se passado por Maria, usando o aparelho telefônico dela.
“Uma amiga muito próxima da vítima disse
que, na segunda-feira (18) de manhã, mandou uma mensagem para Maria. Ela
questionou onde a amiga estava. Por volta das 9h, recebeu a resposta de ela
estaria na autoescola. Contudo, a essa hora, a vítima já estava morta”,
acrescenta Jane Klebia.
Descoberta
do corpo
O corpo de Maria dos Santos foi
descoberto no quarto dela, na noite de terça-feira (19).
A filha mais velha dela, de 28 anos, que
mora na casa da vítima, foi a responsável pela descoberta e acionou a polícia.
A vítima tinha sinais de lesões na cabeça e estava deitada na cama, que ficou
manchada de sangue. A causa da morte será confirmada após o laudo cadavérico do
Instituto de Medicina Legal (IML).
De acordo com uma amiga da filha mais
velha, a jovem voltou para casa apenas na segunda-feira (18), por causa de um
curso. “Como era comum a mãe dela sair, ela não deu falta. Só que na
terça-feira, um odor muito forte saía do quarto da Maria. Ela tentou abrir a
porta, mas estava trancada. Por isso, decidiu arrombá-la”, relata a mulher, sob
a condição de anonimato.
Além do colchão sujo, havia muito sangue
na parede e na televisão da vítima, conforme informações da Polícia Civil.
A perícia na residência acabou na
madrugada de quarta-feira (20).
Com informações do Blog CN1
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